Lockdown: EM REUNIÃO, ACIFI REQUEREU AO PREFEITO DE FOZ, FLEXIBILIZAÇÃO DE REGRAS PARA FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO

De forma mais rigorosa que o decreto estadual, o prefeito de Foz do Iguaçu determinou a suspensão do funcionamento de atividades não essenciais até 8 de março.

Lideranças do comércio, turismo e gastronomia reuniram-se com o prefeito Chico Brasileiro e secretários municipais para debater as recentes medidas restritivas ao funcionamento das atividades comerciais, prestação de serviços e atrativos turísticos. O encontro foi realizado neste sábado, 27, na sede da ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu).

Ao seguir decreto estadual, a prefeitura determinou a suspensão do funcionamento de atividades não essenciais até 8 de março. Assim, o comércio passa a funcionar apenas em sistema de tele-entrega ou delivery das 8h às 18h. Os atrativos turísticos, meios de hospedagem e transporte turístico poderão funcionar com limitação de 30% de ocupação.

Encontro com Chico Brasileiro também mobilizou representantes do Codefoz, Comtur e Codeleste, entre outras entidades

O presidente da ACIFI, Faisal Ismail, pediu a flexibilização do decreto, conforme ocorrido em outras cidades do Paraná, com limitação da capacidade de atendimento dos estabelecimentos comerciais e com horários intercalados de funcionamento entre bairros, para que os impactos econômicos sejam minimizados.

“Há um ano, as atividades econômicas, em especial o comércio varejista, têm amargado prejuízo mês a mês. Sofremos com o abre e fecha e mesmo durante o começo da retomada. Para evitar agravar ainda mais a crise, solicitamos flexibilização do decreto para garantir funcionamento mínimo das atividades comerciais e serviços”, disse Faisal Ismail.

Fronteira – Presidente do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu), Mario Camargo reforçou o pedido para funcionamento da economia e pediu também flexibilização referente ao controle do trânsito de veículos com placa paraguaia e tráfego fronteiriço de pessoas.

Representantes da ACIFI, Codefoz, Comtur e Codeleste, entre outras entidades, reuniram-se com Chico Brasileiro neste sábado (Foto divulgação)

O decreto municipal prevê a exigência de apresentação de comprovante de teste negativo para covid-19, em exame RT-PCR, para estrangeiros ou brasileiros procedentes do Paraguai. O documento não é exigido dos motoristas de veículos de transporte de passageiros, porém os passageiros são obrigados a portá-lo.

Presidente do Codeleste (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental de Ciudad del Este), Linda Taiyen pediu flexibilização referente à exigência dos testes e citou exemplos de pessoas que precisam vir diariamente para Foz para tratamento de saúde, entre outras demandas importantes do cotidiano da fronteira.

Os representantes dos dois conselhos pediram também que os chefes do Poder Executivo de Foz e Ciudad del Este atuem alinhados e com o mesmo propósito, pois somos um único território e temos de atuar em conjunto neste momento crítico.

Gastronomia – Já o Conselho Municipal de Turismo e entidades do setor alertaram quanto ao impacto na rede gastronômica, duramente afetada desde o começo da pandemia, em março de 2020. O Comtur reivindicou o funcionamento de restaurantes, churrascarias, pizzarias, lanchonetes e similares, com atendimento ao público até às 23 horas.

Prefeitura – Após ouvir as reivindicações das lideranças brasileiras e paraguaias, o prefeito Chico Brasileiro disse que, durante o fim de semana, irá reunir-se com lideranças e secretários municipais para discutir a ampliação do sistema de saúde.

O objetivo é buscar apoio para a ampliação do sistema assistencial do município, para que a partir disso seja possível flexibilizar o decreto municipal na próxima semana. Segundo Chico Brasileiro, essa ampliação é fundamental para evitar o colapso do sistema hospitalar.

Enquanto tramitam as mediações, as entidades presentes e o prefeito reforçaram o pedido para a sociedade manter o uso de máscara e o distanciamento social, bem como utilizar álcool em gel.

(Da Redação com Assessoria da ACIFI)

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