Pandemia: FIOCRUZ PEDE PARA TODOS FICAREM EM CASA NA PÁSCOA E DIVULGA CARTILHA COM NOVAS ORIENTAÇÕES

Instituição destaca que qualquer um que for receber convidados estará exposto a diferentes níveis de contágio.

A Fiocruz divulgou na quarta-feira, 31, uma recomendação para que as pessoas fiquem em casa no feriado de Páscoa como principal forma de se proteger do coronavírus. A instituição destaca que qualquer pessoa que receba convidados estará exposta a diferentes níveis de contágio.

No entanto, se for inevitável o encontro, a Fiocruz mantém as indicações de protocolos anteriores, como a cartilha de recomendações divulgada nas festas de final de ano. Evite apertos de mão ou abraços. A máscara tem que ser usada o tempo inteiro. É necessário carregar um saco para guardá-la enquanto estiver comendo ou bebendo e ter sempre uma máscara limpa extra, para o caso de necessidade de troca (por tempo de uso, umidade ou sujeira).

Fiocruz

Funcionário trabalha na Fiocruz Foto: Diego Vara/Reuters

A Fiocruz recomenda que o número de pessoas seja limitado de acordo com o espaço, de modo a permitir que as pessoas mantenham distância de 2 metros entre si. E que nada seja compartilhado. A fundação reforça que é fundamental que todos levem suas próprias máscaras e que evitem música alta para que não tenham que gritar ou falar alto – caso alguém esteja contaminado com o vírus, lançará um número maior de partículas virais no ambiente.

Para o uso do banheiro, a Fiocruz sugere que não sejam utilizadas toalhas de pano e que haja sabão líquido e papel para secagem de mãos. Lixeiras com pedais também são recomendadas para que as pessoas descartem seus lixos sem precisar colocar as mãos na tampa.

Para o consumo de bebidas, a dica é que elas sejam oferecidas em embalagens individuais (latas ou garrafas), arrumadas em baldes com gelo, para que as pessoas possam se servir sozinhas. Molhos para salada ou temperos devem ser embalados individualmente, sempre que possível. Assim como deve ser evitado o compartilhamento de utensílios para servir a comida.

Pratos e bebidas em recipientes não individuais devem ser servidos por uma única pessoa. O responsável deve lavar as mãos antes de servir e sempre usar a máscara;

Após o evento, a recomendação é que toda a louça seja lavada em água corrente e com detergente, ou que se use a máquina de lavar louças. Quem estiver com sintomas da doença ou tiver tido contato com alguém que esteja com coronavírus deve ficar em casa.

PELA PRIMEIRA VEZ, MÉDIA DIÁRIA DE MORTES POR COVID-19 NO BRASIL FICA ACIMA DE 3 MIL

Boletim coronavirus

Com transmissão descontrolada da doença, o País tem visto o colapso de várias redes hospitalares Foto: Wilton Junior/Estadão

Pela primeira vez, a média móvel diária de mortes por covid-19 no Brasil ficou acima de 3 mil. Foram 3.119 óbitos na média desta quarta-feira, 1, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. Esse número leva em consideração dados dos últimos sete dias, soma e divide por sete, assim elimina distorções e represamento de dados de dias anteriores.

Desde 17 de março, o Brasil mantinha a média acima de 2 mil. Agora atingiu novo patamar, que mantém o País com a maior média de todo o mundo no momento. É um reflexo ainda de março, o mês com os números mais altos de mortes e casos durante toda a pandemia.

O número de óbitos por covid no Brasil foi de 3.673 nas últimas 24h e 325.559 no total. Novos casos da doença confirmados no dia ficaram em 89.459 no dia e 12.842.717 durante toda a pandemia. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 11.169.937 recuperados.

A última semana foi a que mais acumulou óbitos em toda a pandemia. As mortes em março superaram a maior marca anterior, de julho do ano passado, quando 32,9 mil pessoas morreram pelo coronavírus.

FIOCRUZ ENTREGA 1,37 MILHÃO DE DOSES DA VACINA DE OXFORD AO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Recipiente de dose da vacina da AstraZeneca/Oxford envasada pela Fiocruz
27/01/2021
REUTERS/Pilar Olivares
Recipiente de dose da vacina da AstraZeneca/Oxford envasada pela Fiocruz 27/01/2021 REUTERS/Pilar Olivares Foto: Reuters

Com a remessa, a instituição finaliza o cronograma do mês de março e ultrapassa os 3,8 milhões previstos, chegando a 4,2 milhões. Outros carregamentos haviam garantido 1,8 milhão de imunizantes até a semana passada e, mais 1,040 milhão nessa quarta-feira.

Apesar do avanço do calendário para abril, o diretor do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, responsável pela produção, Mauricio Zuma, não fala em atraso. “A gente trabalha aqui com cronograma semanal, sempre colocou que até a última semana de março, iria entregar 3,8 milhões. Mas a última semana de março não acabou hoje, acaba no sábado pra gente, o que acaba criando algumas confusões”, declarou à CNN na manhã desta quinta-feira.

A Fiocruz mantém a previsão de entregar 18,8 milhões de doses em abril. Desde a semana passada, atingiu 900 mil doses fabricadas por dia e espera, ainda neste mês, iniciar um novo turno de produção e chegar a 1,2 milhão após testes.

(Da redação com CNN e Estadão)

 

 

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