SACRIFÍCIOS EM VÃO?

Por Caio Gottlieb

Uma das medidas mais polêmicas adotadas para conter a propagação do novo coronavírus, os lockdowns estão no alvo de diversas pesquisas que buscam descobrir até onde eles são eficientes para barrar efetivamente o curso da enfermidade.

Já foram divulgadas pelo menos três investigações robustas, realizadas por instituições especializadas e renomadas (revista médica The Lancet, jornal Frontiers in Public Health e Universidade de Tel Aviv), que esmiuçaram o tema a fundo.

Todos elas demonstram que os bloqueios radicais, que nos últimos dias voltaram a ser impostos pelas autoridades em vários países e também em algumas cidades brasileiras, não têm sido eficazes.

Muito pelo contrário.

Os danos colaterais dos fechamentos, que foram bem documentados, incluem pobreza generalizada, depressão, falência e desemprego, sem que tenham produzido quaisquer benefícios visíveis.

Como se não bastasse, os dados ainda comprovam que há pouca relação entre as restrições governamentais e menores taxas de mortalidade pela doença.

Em artigo que publicou para comentar esses estudos, o editor norte-americano Jon Miltimore escreveu: “As pandemias são problemas sérios, mas a crença de que podem ser administradas com eficácia por planejadores centrais que se recusam a reconhecer os limites de seu próprio conhecimento e poder representa uma ameaça muito mais grave para a liberdade e prosperidade humanas no longo prazo”.

Sua afirmação, na esteira dos fatos relatados, levanta uma inevitável e inquietante indagação: estaremos diante de um gravíssimo erro histórico cometido no enfrentamento da Covid-19 por grande parte dos líderes mundiais?

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