Pela decisão do ministro decano do STF, Bolsonaro terá que depor pessoalmente no inquérito da denúncia feita pelo ex-ministro Sérgio Moro, que acusa o presidente da República de interferência na Polícia Federal.
O ministro do STF Celso de Mello determinou nesta sexta-feira (11) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) terá de depor pessoalmente no inquérito que investiga interferência política na Polícia Federal.
Segundo Celso de Mello, Bolsonaro terá de por pessoalmente por ser investigado no caso e não testemunha ou vítima.
Ainda de acordo com o despacho, o ex-ministro Sérgio Moro (foto ao lado), que acusa o presidente de interferir politicamente na PF, poderá formular perguntas no depoimento. A oitiva será conduzida por agentes da PF e procuradores federais.
A decisão foi tomada no dia 18 de agosto, mas não tinha sido assinada porque o ministro está afastado por questões médicas.
Ele deveria retornar hoje ao trabalho, mas a licença foi ampliada até o dia 26. Apesar disso, o gabinete do ministro informou que ele poderia liberar decisões já tomadas antes da licença.
Em abril, Moro deixou o Ministério na Justiça e acusou Bolsonaro de pressioná-lo para demitir o então diretor da PF, Maurício Valeixo, e trocar o comando da Superintendência no Rio de Janeiro.