Itaipu: NOVO DIRETOR-GERAL BRASILEIRO, GENERAL JOÃO FRANCISCO FERREIRA, ASSUMIU CARGO NESTA QUARTA, COM A PRESENÇA DE BOLSONARO

O general Ferreira será o 13º diretor-geral brasileiro em 14 diretorias. Silva e Luna, que esteve na Itaipu por dois anos e um mês, agora deve assumir a presidência da Petrobras, no Rio de Janeiro, por indicação do próprio Bolsonaro.

O general João Francisco Ferreira, que assumiu nesta quarta-feira (7) a Diretoria Geral Brasileira da Itaipu Binacional, pegou a casa arrumada ”e tem a missão de dar continuidade ao trabalho do ex-diretor, o general Joaquim Silva e Luna”. A afirmação foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro. Ao lado de ministros e autoridades, ele participou da cerimônia de posse, no Cineteatro dos Barrageiros, na área da usina, em Foz do Iguaçu (PR).

“No que depender do histórico do general Ferreira, sabemos que a Itaipu continuará tendo uma excelente administração, fazendo muito pelo Paraná e o Brasil, com transparência e previsibilidade”, complementou o presidente, desejando sucesso ao novo diretor.

O general Ferreira será o 13º diretor-geral brasileiro em 14 diretorias, já que Euclides Scalco assumiu o posto por duas vezes, entre 1995 e 2002. Silva e Luna, que esteve na Itaipu por dois anos e um mês, agora deve assumir a presidência da Petrobras, no Rio de Janeiro, por indicação do próprio Bolsonaro.

O novo DGB falou à imprensa após a posse

João Francisco Ferreira vem se preparando para assumir o cargo desde que recebeu a notícia da nomeação. “Nos últimos dez dias estive imerso no ambiente da Itaipu, recebendo informações completas e atualizadas sobre a empresa”, declarou ele em seu discurso. Depois, reforçou ainda os anos em que viveu no Paraguai, a serviço do Exército Brasileiro. “Certamente é uma experiência que vai enriquecer o trabalho com os parceiros da usina”, disse.

Em sua fala de despedida, o general Silva e Luna destacou as negociações com o país vizinho que permitiram à empresa maior previsibilidade orçamentária, uma conquista inédita. “Fizemos um contrato da potência da Itaipu por longo prazo, de 2019 a 2022, coisa que nunca tinha sido feita antes”, afirmou. “Como não houve consenso binacional para reduzir a tarifa de Itaipu, decidimos alinhar ações com os governos federal, estadual e municipais, para investir em obras de infraestrutura, saneamento e segurança pública”, lembrou.

Emocionado, disse ainda: “saio agradecido, sereno e confiante, por entregar a Direção Geral Brasileira da Itaipu em mãos mais bem preparadas do que as minhas, que certamente melhor conduzirão, em harmonia com a Direção Geral Paraguaia, os destinos da nossa binacional”.

 

Bolsonaro recebeu a Comenda do Mérito de Itaipu

Cerimônia

Participaram do evento o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; o governador do Paraná,  Carlos Massa Ratinho Junior; o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães; o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro; o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; o ministro chefe da Secretaria Geral, Onyx Lorenzoni; o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o ministro das Relações Exteriores, embaixador Carlos França; além de representantes da Eletrobras, do Operador Nacional do Sistema (ONS), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), demais diretores da Itaipu, vereadores, deputados e parte dos empregados da hidrelétrica.

Após a leitura e assinatura do termo de posse do novo diretor, Jair Bolsonaro foi presenteado com a Comenda do Mérito itaipu, a mais alta distinção honorífica institucional da entidade.

Em seguida, o presidente pediu para “quebrar o protocolo” e chamou ao palco o bispo da diocese de Foz do Iguaçu, Dom Sérgio de Deus Borges para uma breve oração.

O evento obedeceu todas as normas de distanciamento social, uso obrigatório de máscara e álcool gel. Com a transmissão ao vivo pelo Youtube, foi possível aos demais empregados assistir à cerimônia ao vivo e on-line.

 

General Ferreira tem experiência de vida no Paraguai (Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

Prestígio

A vinda de Bolsonaro a Foz do Iguaçu, para a transmissão de cargo na Itaipu e para a inauguração das obras no aeroporto, boa parte delas financiadas pela binacional, é um sinal do prestígio do general Silva e Luna. Durante seu mandato, foi a sexta visita de Bolsonaro a Foz do Iguaçu e a nona ao Paraná (o que demonstra também o prestígio do governador Ratinho Junior junto ao presidente). 

Nenhum outro presidente apoiou tanto o Paraná como o atual. Graças a isso, foi possível viabilizar parcerias da Itaipu Binacional com o Governo do Estado, garantindo investimentos de R$ 2,5 bilhões em obras fundamentais para o desenvolvimento do Paraná.

Esses R$ 2,5 bilhões são resultado de uma reestruturação feita na gestão Silva e Luna, que reduziu os custos internos da usina, redirecionou verbas de convênios e obras sem aderência à missão e estudou a melhor forma de investir o dinheiro economizado, optando por obras estruturantes, que geraram mais de 2,5 mil empregos diretos e indiretos.

Não seria possível simplesmente reduzir o custo da tarifa de Itaipu, porque isso não dependeria apenas da margem brasileira, mas também do governo paraguaio, que tem na usina a salvaguarda para obras que não conseguiria executar com recursos do orçamento próprio.

(Da Redação com JIE)

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