O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta sexta-feira em entrevista na Fiocruz que o objetivo da pasta é acelerar a vacinação contra a covid-19, imunizando um milhão de pessoas por dia.
Queiroga disse, no entanto, que o ministério não tem “vara de condão” e que é preciso ter vacinas em maior quantidade para que a meta seja alcançada. Depois de visitar as linhas de produção da vacina de Oxford/AstraZeneca em Biomanguinhos, o ministro comemorou o fato de o ritmo da fabricação dos imunizantes estar aumentando, mas lembrou que a escassez de insumos e vacinas é mundial. “Tivemos 4,4 milhões de doses de vacinas entregues esta semana em menos de 24 horas”, lembrou.
O ministro da Saúde, Marcela Queiroga, ao centro, e Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, ao lado.
Queiroga garantiu que o Brasil já é o “quinto País do mundo que mais produz vacinas” e que essa produção deve aumentar nos próximos meses. “Do ponto de vista do governo, a solução mais consistente é o programa de vacinação”, afirmou. Ele garantiu que o cronograma de entrega de imunizantes ao PNI continuará sendo publicado no site do ministério. Sobre o lockdown, ele lembrou que a medida está nas mãos das autoridades municipais e deve ser tomada com cautela “até para ser aceita pela sociedade”.
A Fiocruz confirmou que até o fim deste mês pretende entregar 18,4 milhões doses da vacina de Oxford/Astrazeneca ao Programa Nacional de Imunização (PNI). E ainda que até julho cumprirá o cronograma originalmente apresentado de 100 milhões de doses. A partir de setembro, a instituição começa a produzir o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina (que atualmente é importado da China), ganhando autonomia na produção de imunizantes.