Foi a segunda mudança no Conselho de Administração da Itaipu nesta semana. Na quarta (28), o presidente Bolsonaro nomeou Rodrigo Limp para o lugar de Wilson Ferreira Júnior.
O presidente Jair Bolsonaro exonerou Otávio Brandelli da função de representante do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) no Conselho de Administração da Itaipu Binacional. Ele foi substituído pelo embaixador e atual Ministro do MRE Carlos Alberto Franco França. A exoneração de Brandelli e a nomeação de França foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (30).
Carlos Alberto Franco França. Foto: Marcos Corrêa/PR
Foi a segunda mudança no Conselho de Administração da Itaipu nesta semana. Na quarta-feira (28), o presidente Bolsonaro nomeou Rodrigo Limp para o lugar de Wilson Ferreira Júnior. Um pouco antes, no domingo (25), Limp havia sido indicado para substituir Ferreira Júnior na presidência da Eletrobras. O mandato de Limp vai até 16 de maio de 2024. O de França, por ser representante do MRE, não tem vigência pré-determinada.
O Conselho de Administração da Itaipu Binacional é composto por 12 conselheiros, seis brasileiros e seis paraguaios. Além deles, há dois representantes dos Ministérios das Relações Exteriores, um de cada país. Os 14 reúnem-se a cada dois meses ou em convocação extraordinária. As atribuições e competências do Conselho de Administração são descritas no Anexo A do Tratado de Itaipu e no Regimento Interno da binacional.
Nascido em Goiânia, em 1964, Carlos Alberto Franco França formou-se em Relações Internacionais (1986) e em Direito (1990) pela Universidade de Brasília – UnB, e, em 1992, concluiu graduação em diplomacia pelo Instituto Rio Branco – IRBr do Ministério das Relações Exteriores. No Itamaraty, iniciou a carreira no Departamento de Administração e, em 1997, serviu por dois anos no Cerimonial da Presidência da República.
Por doze anos consecutivos, de 1999 a 2011, serviu nas Embaixadas do Brasil em Washington, Assunção e, por duas vezes, em La Paz, onde foi Ministro-Conselheiro e chefe do setor de energia daquela Missão diplomática. De regresso ao Brasil, serviu por quatro anos no Cerimonial da Presidência da República. Em 2015, pela Fundação Alexandre de Gusmão, publicou o livro “Integração elétrica Brasil-Bolívia: o encontro no rio Madeira”, versão adaptada de tese aprovada com louvor no Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco-IRBr.
Em licença do Itamaraty, de março de 2015 a março de 2017, foi diretor de assuntos corporativos e negócios estratégicos da AG S.A., holding do grupo Andrade Gutierrez. De volta à carreira de diplomata, em 2017, chefiou a Divisão de Ciência e Tecnologia, e, em outubro de 2018, chefiou o Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores.
Foi chefe-adjunto do Cerimonial da Presidência da República de novembro de 2017 a outubro de 2018. Em janeiro de 2019, no governo do Presidente Jair Bolsonaro, assumiu o cargo de Chefe do Cerimonial da Presidência da República e, em outubro de 2020, o cargo de Assessor-Chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, posição que ocupou até sua nomeação como Ministro de Estado das Relações Exteriores, em 31 de março de 2021.
Foi agraciado com a Ordem Nacional da Légion d´honneur (França), a Ordem do Libertador San Martín (Argentina) e a Ordem do Infante Dom Henrique (Portugal). Recebeu a Ordem de Rio Branco, do Mérito da Defesa, do Mérito Militar, do Mérito Naval, do Mérito Aeronáutico e do Mérito Judiciário Militar. É advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de São Paulo, desde 1990.
(Da Redação com JIE)