Foz do Iguaçu: ANTE INÉRCIA DO PREFEITO HÁ MAIS DE 4 ANOS, LEGISLATIVO REAGE NA CRISE DO TRANSPORTE COLETIVO

A Comissão Especial da Câmara de Foz do Iguaçu estuda meios jurídicos para reverter o reajuste da passagem.

Diante da insatisfação geral da população com o transporte público de Foz do Iguaçu, com um insatisfatório e caro serviço péssimo serviço (município é o que tem a tarifa mais cara entre os demais 400 do estado), e pela inércia do prefeito Chico Brasileiro, a qual se  arrasta há mais de quatro anos dele a frente do Poder Executivo,  a Câmara Municipal, por meio da Comissão Especial da Câmara, estuda meios jurídicos para reverter o reajuste da passagem.

Em nota oficial, o Legislativo divulgou nesta terça-feira que o aumento da passagem no transporte coletivo foi recebido com críticas. “O reajuste para R$ 4,10, determinado pela Justiça, em plena pandemia, será alvo de ações da Comissão Especial do Transporte Coletivo”, diz a nota.

O presidente da Casa de Leis, Ney Patrício (foto ao lado), afirmou que o Legislativo não vai aceitar a decisão sem defender os interesses coletivos. Falando em nome da instituição, ele ressaltou que a Câmara “não vai tolerar aumento de passagem em plena pandemia. Sabemos que as empresas entraram na Justiça para reajustar a passagem, obrigando o Município a cumprir, e desta forma vamos procurar, junto com o prefeito Chico Brasileiro, meios jurídicos ou administrativos para tentar reverter essa medida”, explicou Ney Patrício.

A Comissão Especial do Transporte é formada pelos vereadores Anice Gazzaoui (PL), Edvaldo Alcântara (PTB) e Jairo Cardoso (DEM). Por meio da comissão, a Câmara estuda ações para defender o cidadão. Os vereadores precisavam dar resposta à sociedade porque o problema vem aumentando e não há atitude do Poder Executivo. O prefeito Chico Brasileiro tem sido complacente com as mazelas no transporte coletivo desde o início da primeira gestão em maio de 2017.

Desde então foram criadas duas comissões de investigação na Câmara Municipal, e todas elas apontaram as irregularidades e serviço deficitário que perduram até hoje. O Relatório Final da CPI de 2018, de autoria ex-vereador Jefferson Breyner, indicou e, fundamentou, a necessidade da rescisão do contrato, em razão da quebra de cláusulas e do interesse público.

A CPI realizada pela legislatura findada em 2017, também apontou uma série de deficiências no sistema de transporte, bem como a insatisfação dos usuários com o serviço, porém o prefeito Chico Brasileiro somente, até agora, tomou algumas poucas medidas paliativas, as quais se mostraram inócuas, não resolveram o problema que se arrasta por anos e, com isso, criou-se oportunidade de as empresas judicializarem as demandas, como ocorreu ao longo do tempo, dentre elas a que resultou no aumento da tarifa nesta segunda-feira (24), para insatisfação dos usuários que  em plena pandemia e crise na economia local acaba penalizada pela falta de solução do prefeito de Foz para a questão. Assim, há de se esperar, e cobrar, resultados efetivos com anunciada reação dos vereadores em favor dos usuários.

(Da Redação com CMFI)

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