Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, era visto pela polícia como o principal chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) na Baixada Santista, litoral de São Paulo, até fevereiro de 2018. Até que foi assassinado, fuzilado, no Tatuapé, zona leste da cidade, aos 32 anos.
Segundo apurou o Núcleo de Jornalismo Investigativo da RecordTV, ao longo de sua vida, Cabelo Duro ganhou muito dinheiro. De um garoto pobre, sem estrutura financeira bem estabelecida na Baixada, ele cresceu muito dentro do crime. Principalmente no tráfico internacional de drogas.
Apesar disso, o PCC cobrava dele coisas que ele não podia se negar a fazer, como executar o plano de matar Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, no Ceará. Ambos eram considerados os principais chefes do PCC em liberdade.
As investigações apontam que ele recebeu ordens Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, que, apesar de não ser integrante do PCC, era visto como sócio da facção, além de ser o braço-direito de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, principal chefe da facção paulista.
Cabelo Duro foi delatado por Felipe Ramos Morais, que pilotou o helicóptero que levou Cabelo Duro para matar Gegê e Paca. Felipe contou que ele recebia, por ano, 450 milhões só com o tráfico de drogas. Além do tráfico, segundo Felipe, Cabelo Duro tinha outros negócios aparentemente lícitos, mas que só serviam para lavar dinheiro.
O delator ficou preso por três anos sob a acusação de ter envolvimento no homicídio e por associação criminosa. Na rua desde abril deste ano, sumiu do mapa, já que é apontado como inimigo número um do PCC.