Prisão: SERIAL KILLER PRESTA DEPOIMENTO NA POLÍCIA

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu José Tiago Correia Soroka, o serial killer que assassinou homossexuais nos estados do Paraná e Santa Catarina.

Por meio de investigações, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu o serial killer que assassinou homossexuais nos estados de Paraná e Santa Catarina. José Tiago Correia Soroka foi preso na manhã deste sábado (29), dentro de uma pensão no bairro Capão Raso, em Curitiba. Com exclusividade o Grupo RIC conseguiu um trecho do depoimento que José Tiago Correia Soroka prestou para da Polícia Civil do Paraná.

Em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, o delegado que acompanha o caso, Thiago Nóbrega, falou sobre o comportamento de José Tiago Correia Soroka. “Ele disse que só iria assumir a responsabilidade pelos crimes que nós já tínhamos conhecimento. E disse que existe outros crimes, com outras vítimas, que possivelmente sobreviveram, mas que ele não vai falar desses assuntos,” contou Thiago Nóbrega, da DHPP.

De acordo com as investigações o suspeito estava morando em Curitiba, mas não tinha endereço fixo, mudava de lugar com frequência para não ser descoberto. José Tiago disse a polícia que nos últimos meses viva do dinheiro da venda dos pertences das vítimas. “De cada vítima, mais ou menos, ele conseguiu fazer entorno de quatro a seis mil reais. Falou que estava praticando um crime por semana,” emendou o delegado.

Após os casos ganharem repercussão Soroka disse a polícia que não conseguia mais marcar os encontros porque a foto dele foi divulgada. E disse que falou para um possível vítima que era ele o serial killer que aparecia na TV.

“Realmente ele estava se vangloriando de ser o serial killer que estava aparecendo na televisão,” falou Nóbrega em entrevista ao Grupo RIC. A polícia disse que ele negou a relação com a homofobia, mas alguns elementos indicam a motivação por ódio.

“A tentativa de homicídio a qual ele não quis tocar no assunto, deu a entender que mexia com lado íntimo dele, que mexia com a parte emocional dele, levando a crer que ele tem sim problema com a questão da homossexualidade. Dando a entender que essa questão o incomodava,” concluiu delegado Thiago Nóbrega.

CRIMES DE JOSÉ TIAGO

Soroka é investigado pelas mortes de pelo menos três jovens homossexuais nos dois estados. Um dos crimes vitimou o enfermeiro David Júnior Alves Levisio, 28 anos, ocorrida no dia 27 de abril. Ele foi encontrado amarrado e morto, com sinais de tortura e requintes de crueldade, três dia após o crime, dentro do próprio apartamento na Av. Santa Bernadete, na Vila Lindóia, em Curitiba.

O outro crime atribuído ao serial killer foi a morte do estudante de medicina Marco Vinício Bozzana da Fonseca, 25 anos. Ele foi encontrado morto, com o corpo já em decomposição, dentro de seu apartamento na Rua Antônio Pietruza, bairro Portão, em Curitiba. Ele foi encontrado com sinais de sufocamento e, neste dia, investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já começaram a suspeitar que ambos os crimes tivessem ligação.

A maneira de matar era semelhante, em regiões próximas da capital, além de que ambas as vítimas eram da área de saúde e vieram de fora para estudar e trabalhar na capital paranaense. De todas as vítimas, o serial killer levava pertences, o que configurava inicialmente um latrocínio.

As suspeitas de um caso de serial killer começaram a aumentar quando a polícia detectou um outro crime ocorrido em Santa Catarina, no qual o professor universitário Robson Olivino Paim, 36 anos, no dia 16 de abril, foi encontrado morto em sua cama, em casa, na cidade de Abelardo da Luz (SC). Inicialmente, a polícia catarinense pensava que se tratava de um latrocínio (roubo com morte), até que o carro do professor foi encontrado dois dias depois abandonado em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba. Como o professor também era homossexual e, como as outras vítimas, foi encontrado morto na cama, iniciou-se a investigação como caso de serial killer.

Ainda no dia 11 de maio, o homem tentou matar mais um homossexual, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Na ocasião, a vítima conseguiu resistir ao ataque, mas teve alguns bens subtraídos. Este sobrevivente foi fundamental para ajudar na ligação e esclarecimento dos crimes

De acordo com as investigações, o suspeito marcava os encontros por aplicativos de relacionamento entre homossexuais. Em um primeiro momento, o indivíduo trocava fotos com as vítimas e posteriormente se deslocava até a residência, ao chegar no local as estrangulava. Após o sufocamento as cobria com cobertas. Imagens de câmeras de segurança captaram a presença de Soroka no prédio em que uma das vítimas morava.

Assista trecho do depoimento do serial killer

 

(Da Redação com RICmais)

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