Saúde: ‘COVID JÁ É PRINCIPAL JUSTIFICATIVA PARA AUXÍLIO-DOENÇA’, DIZ MÉDICO NA CPI DO CONGRESSO

Francisco Cardoso Alves, defensor do tratamento precoce, é vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos

O médico Francisco Eduardo Cardoso Alves, vice-presidente da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social), afirmou nesta sexta-feira (18) à CPI da Covid, que as infecções pelo novo coronavírus já são a principal justificativa para pedidos de auxílio-doença, benefício pago pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

A sessão desta sexta começou com o discurso do relator Renan Calheiros (MDB-AL) contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, e com sua recusa em fazer perguntas aos dois depoentes, defensores do tratamento precoce contra a covid.

Em uma sessão esvaziada, Cardoso Alves afirmou que pessoas que não têm nenhum tipo de tratamento no início da doença sofrem mais para se recuperar da doença.

“Esse paciente tem o risco aumentado de morte-súbita por evento trombótico nos seis meses pós-alta muito maior do que a população em geral”, comentou.

Segundo ele, quem tem acesso tardio ao tratamento tem também mais chance de evoluir para a chamada Síndrome Pós-Covid. Ele citou como sintomas desse mal fadiga, falta de ar, depressão, transtorno de ansiedade, problemas cardíacos e “quedas absurdas de cabelo”.

“Isso tudo tem causado uma grande inabilitação da população economicamente ativa. Eu, como perito médico federal, constato que este ano covid-19 ultrapassou as outras doenças como causa de afastamento por auxílio-doença no país.”

“E não é por covid aguda, não”, destacou. “É por esses pacientes que estão cronicamente sequelados pela covid, seja pela gravidade da infecção que o atingiu ou pela falta de tratamento.”

Além de Cardoso  Alves, a comissão recebe também Ricardo Ariel Zimerman, ex-presidente da Associação Gaúcha de Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar.

Zimerman acrescentou que pessoas que se recuperam da covid-19 têm muitas vezes de conviver com problemas como déficit de atenção, narcolepsia (doença do sono) e quadros graves de infecção no organismo.

(Da Redação com Portal R7)

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