Feita essa consideração, parece claro que, no caso do Brasil, movidos pelos fatos concretos da vida real, os avaliadores não atribuem muita importância às manchetes catastróficas de parte da imprensa nacional que colocam diariamente o país à beira do abismo de crises institucionais graves e insanáveis.
Prova disso é que, apenas nas duas últimas semanas, três grandes bancos internacionais – UBS, JP Morgan e Bank of America – elevaram suas notas de recomendação para negócios no Brasil com pontuação acima da média frente a outras economias latino-americanas.
Todos os três, a propósito, aumentaram suas projeções para o crescimento do PIB neste ano, saltando do patamar que rodava em torno de 3% a 4% para próximo dos 6%.
Embora o retorno do país ao radar dos investidores aconteça no contexto dos primeiros sinais de retomada econômica global pós-pandemia, o Brasil desperta interesse especial por suas próprias características e virtudes: tem um dos maiores mercados consumidores do planeta, é um dos líderes do mundo em produção e exportação de alimentos, possui ainda um vasto território para ser ocupado pelo agronegócio, dispõe de indústrias de ponta em diversos setores, tem inúmeros ramos de atividades a serem mais bem exploradas e oferece oportunidades potenciais para geração ilimitada de renda e emprego em múltiplos segmentos e em todas as regiões.
A despeito dos maus brasileiros, principalmente aquele grupo de políticos e empresários corruptos que, protegidos por cúmplices mafiosos das altas esferas do judiciário, formam quadrilhas para saquear impunemente os cofres públicos, o Brasil, graças ao trabalho e ao talento de sua gente honesta, está inapelavelmente condenado ao sucesso.
Os estrangeiros, como se vê, não têm nenhuma dúvida disso.