Estrada Parque do Colono: PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU POSSUI ESTRADA NO LADO ARGENTINO, E AMBIENTALISTAS SE CALAM

Deputado Vermelho destaca que Brasil tem condições de fazer melhor no lado brasileiro do Parque Nacional do Iguaçu, do que os argentinos fizeram, fortalecendo assim a integração socioeconômica das Regiões Oeste e Sudoeste do Paraná, com a Estrada Parque do Colono.

O deputado federal Vermelho tem apresentado exemplos que, na prática, comprovam a viabilidade da Estrada do Colono, com um projeto que tenha perfeita harmonia entre o desenvolvimento e a preservação da natureza, gerando também a integração socioeconômica das Regiões Oeste e Sudoeste paranaenses. 

Exemplo –  A Rota Nacional 101, a RN 101 (foto ao lado) corta ao meio o Parque Nacional do Iguazú, no lado argentino. Vermelho sobrevoou a região neste final de semana e registrou imagens dessa rodovia de grande importância para os povos da região.

A RN 101 sai de Puerto Iguazú, passa em Comandante Andresito (vizinha de Capanema) e segue até Bernardo Irigoyem, na divisa com Barracão (PR) e Dionísio Cerqueira (SC).

O trecho que corta o Parque Nacional del Iguazú não é asfaltado e tem 32 quilômetros. Há cerca de dez anos o governo cogitou a possibilidade de asfaltar também esse trecho da RN 101, mas faltaram recursos. As condições da rota argentina são precárias, mas mesmo assim, ambientalistas de lá, e do Brasil também, não fizeram e nem fazem nenhum “griteiro”.

“Antes do governo fechar as fronteiras por causa da pandemia, catarinenses, gaúchos e paranaenses utilizavam essa rodovia para encurtar distâncias. Muitos turistas faziam esse trajeto e chegavam até Foz do Iguaçu”, ressaltou Vermelho. 

Quando a Estrada do Colono estava aberta, os brasileiros não precisavam trafegar em território argentino para se deslocar de um estado a outro.

Vermelho diz que alguns ambientalistas estão usando dois pesos e duas medidas, provocando prejuízos ao turismo e aos moradores das regiões Oeste e Sudoeste do Paraná. “Essa rodovia tem quase o dobro da Estrada do Colono, não causa danos ao meio ambiente e não provocou a ira dos ambientalistas”.

O deputado recorda que as estradas-parques que ele defende terão todos os modernos equipamentos de segurança para evitar velocidade alta dos veículos. No caso específico da Estrada do Colono, haverá telas de proteção, diversos túneis e elevados para a passagem dos animais.

“NOSSO FOCO PRINCIPAL É O TURISMO”, DIZ VERMELHO

O projeto de lei 984/19 do deputado federal Vermelho prevê a criação das unidades de conservação no país denominadas estradas-parques. Seu objetivo principal é criar novas opções de turismo ecológico, integrando homem e natureza sem prejudicar o meio ambiente.

No caso específico da Estrada do Colono, ela irá interligar duas regiões produtoras do Paraná e restabelecer o direito de ir e vir da população, interrompido com o fechamento da estrada.

O deputado diz que esse modelo de estrada existe em todo mundo e não há nenhum desrespeito com a flora e a fauna. Essas estradas fomentam o turismo, geram emprego, renda e desenvolvimento.

“No Brasil, as estradas-parques são exploradas de forma incipiente. Se bem planejadas e geridas, podem se constituir em importante alternativa para o desenvolvimento do turismo em bases sustentáveis em um contexto de áreas protegidas”, destaca Vermelho.

A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o Projeto de Lei 984/19, do deputado Vermelho (PSD-PR), que cria a categoria de Unidade de Conservação denominada Estrada-Parque e institui a Estrada-Parque Caminho do Colono no Parque Nacional do Iguaçu (PR).

“Este parque (Parque Nacional do Iguaçu) existe, mas antes dele existiu a estrada em 1920. O parque foi criado em 1939”, argumentou Vermelho. Ele observou que outras estradas passam por parques ecológicos, como a Rodovia Imigrantes em São Paulo.


EXEMPLOS BRASILEIROS

Uma das referências brasileiras que comprovam a importância e a viabilidade das estradas-parque, é a Rodovia dos Imigrantes (SP-160). A rodovia que se encontra no estado de São Paulo, possui 44 viadutos, 7 pontes e 14 túneis, em 58,5 km de extensão, de São Paulo a Praia Grande, no litoral sul.

PARQUE ECOLÓGICO IMIGRANTES

Paraíso verde com quase 500 mil quilômetros de área protegida, o Parque Ecológico Imigrantes é uma imersão no coração da Mata Atlântica, que comprova que pode se conciliar, e muito bem, o desenvolvimento com o meio ambiente. Inaugurado em 2018, no coração da Mata Atlântica, o parque fica localizado na Rodovia Imigrantes, em São Bernardo do Campo.

O passeio por lá é pura magia e convida os amantes da natureza a se conectarem com a fauna e a flora do local por meio de suas seis trilhas, que priorizam pontos de beleza cênica, curiosidades da flora ou da história de interferência do homem na região.

trilha dos macacos é a maior delas e demora cerca de duas horas e meia para ser percorrida. Uma das mais tranquilas, a das samambaias pode levar 25 minutos de caminhada e inclui milhares de espécies, algumas em extinção como trepadeiras, xaxins e espécies do tamanho de uma árvore.

No Parque Ecológico Imigrantes também é possível conferir a trilha sensorial inclusiva, pensada para proporcionar experiências de aprendizado a deficientes visuais, acessível a cadeirantes e a deficientes auditivos.

Além das trilhas, é possível observar toda a beleza que a paisagem do Parque Ecológico Imigrante oferece na passarela elevada, principal ponto de visita.

A construção, que dá a impressão de sobrevoar a floresta e em meio à copa das árvores, é o principal meio de circulação dos visitantes e foi construída com madeira plástica, feita a partir da reciclagem de resíduos plásticos.

E não para por aí! Macacos, aves, samambaias, bromélias, palmeiras, araçás, goiabeiras, a fauna e flora de lá é de cair o queixo! Os bichinhos mais presentes na região do Parque Ecológico Imigrantes são a anta e o bugio, também chamado de macaco-uivador, guariba ou barbado.

Já a flora é representada pela imponente (e quase extinta) Palmeira Juçara. Encontrada outrora em abundância, essa espécie é refém da ação predatória dos que adentram a mata em busca do palmito − miolo comestível do tronco da Juçara − utilizado na culinária como acompanhamento em saladas ou cozido em algumas receitas.

Cambuci também é bastante presente por lá. A fruta também faz parte do catálogo de espécies ameaçadas de extinção da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

Os  espaços acessíveis para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, com rampas de acesso e recursos eletrônicos, estão entre as principais atrações do Parque Ecológico Imigrantes. Plataformas, rampas de acesso, bondinho em plano inclinado, corrimãos e recursos eletrônicos de áudio, assim como a trilha sensorial, permitem que cadeirantes, deficientes visuais e pessoas com deficiência possam desfrutar do convívio com a natureza.

O Parque Ecológico Imigrantes foi um presente da Fundação Kunito Miyasaka ao Brasil, em comemoração aos 110 anos da imigração japonesa. Sua construção foi, em grande parte, feita a partir de conceitos e técnicas de bioconstrução para reduzir o impacto ambiental.

Por exemplo, samambaias, orquídeas e bromélias dos quase 500 mil metros de área do parque foram numeradas, extraídas e replantadas, uma a uma, em outros locais, formando trilhas e praças temáticas que levam os nomes das flores.

A terra da escavação, feita para a introdução das fundações que sustentam cerca de 300 estacas da passarela suspensa, foi realocada e reutilizada nas trilhas, na construção de um lago artificial, no paisagismo em geral. Nenhuma pá de terra sequer foi retirada do Parque Ecológico Imigrantes. Sim, é possível preservação com desenvolvimento!

(Da Redação com Assessoria)

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