Após ter tido o passaporte devolvido por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), o empresário Carlos Wizard retornou aos Estados Unidos neste fim de semana.
O bilionário, suspeito de integrar um suposto “gabinete paralelo” de aconselhamento a Jair Bolsonaro em questões relacionadas à pandemia, estava fora do país desde março por razões, segundo ele, familiares. Convocado para prestar depoimento na CPI da Covid, faltou à primeira data marcada pelos senadores e compareceu apenas na última quarta-feira (30).
Em seu depoimento, Wizard fez uso do habeas corpus que lhe garantiu direito ao silêncio e se recusou a responder a maioria das perguntas feitas pelos parlamentares. O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, sinalizou que vai recorrer do salvo-conduto.
Em postagem nas redes sociais, Wizard, que já é considerado investigado pela comissão partlamentar de inquérito, postou foto do neto recém-nascido comunicando que estava em solo norte-americano.
“Hoje um anjinho veio a Terra. Em sua infinita misericórdia o Senhor permitiu que eu retornasse aos EUA no dia do nascimento do Matteo, meu 19º neto”, escreveu.
Na última sexta-feira, decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinou a devolução do passaporte. O documento estava retido a pedido da CPI da Covid depois que ele faltou ao primeiro depoimento na comissão parlamentar.
“Defiro a liminar para determinar a devolução do passaporte do paciente, incumbindo ao Juízo da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Campinas a adoção das providências necessárias. Comunique-se, com urgência, à autoridade impetrada e ao Juízo da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Campinas”, escreveu.
Na semana passada, ao suspender a condução coercitiva do empresário, o ministro avisou que decidiria ‘oportunamente’ sobre a devolução do documento.