A mais recente derrota do combate à corrupção na arena judicial saiu da caneta do desembargador do TRF-3 Paulo Fontes ao determinar a suspensão do processo em que Lula é acusado de tráfico de influência e lavagem de dinheiro em conluio com Teodoro Obiang, o tenebroso ditador da Guiné Equatorial, no poder há mais de 40 anos.
Foi mais uma consequência da decisão do Supremo Tribunal Federal de decretar a suspeição de Sergio Moro nas ações movidas contra o petista na Lava Jato, pois Fontes acatou o argumento da defesa de que o caso deriva da célebre operação em que o ex-juiz atuava.
Nos últimos 16 meses, aliás, o ex-presidente já escapou de 12 processos, em alguns por absolvição, em outros pela rejeição das denúncias.
Respondendo atualmente a apenas três das 18 ações que enfrentava por diversos crimes, ele está plenamente autorizado a concorrer a cargos públicos eletivos, já que as duas ações em que tinha sido condenado, com sentenças de Moro, foram anuladas pelo STF.
Parece haver uma frenética e desenfreada corrida no judiciário para limpar a ficha suja de Lula o mais rapidamente possível e deixá-lo tão imaculado quanto a Virgem Maria para disputar a presidência da República em 2022.
Nem que seja varrendo a sujeira para debaixo do tapete.