O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a CPI da Covid, do Senado Federal, nesta segunda-feira (12). Segundo ele, as narrativas da oposição defendidas na comissão contra seu governo não se sustentam.
Bolsonaro citou especificamente as investigações na negociação das vacinas Covaxin, por meio da Precisa Medicamentos, e AstraZeneca, via empresa Davati. “Me acusam de corrupção em uma compra que sequer foi realizada”, afirmou. “Se tiver [corrupção], a gente apura.”
O presidente chamou os comandantes da CPI, o presidente Omar Aziz (PSD-AM), o relator Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) de “os três patetas da comissão”.
“O Renan disse que a Copa América era a copa das mortes. Passarem-se 30 dias e o número de óbitos e casos de covid-19 caíram bastante. As narrativas não se sustentam”, disse.
Bolsonaro, que soluçava muito na manhã desta segunda-feira, aproveitou a conversa com seus apoiadores no cercadinho para atacar o comunismo de Cuba e o instituto de pesquisas Datafolha, que nos últimos dias mostrou vários levantamentos contrários a sua gestão.
De acordo com o chefe do Executivo, o em Cuba foi às ruas no fim de semana “pedir quatro coisas” (mas citou três): alimentos – “como é bom o socialismo, hein?”, debochou – , eletricidade, “porque o petróleo que ia da Venezuela para lá de graça está caindo bastante” e liberdade. “E sabe o que tiveram ontem? Borrachada e prisão. E tem gente aqui no Brasil que apoia quem apoia Cuba, quem apoia a Veneuela.”
Sobre as pesquisas negativas, Bolsonaro centrou as críticas no Datafolha, sem mencionar os outros institutos que também apontam números ruins para sua candidatura à reeleição.
“O Datalfolha acho que recebeu pouca grana dessa vez, disse que no segundo turno Lula [ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva] vai ter só 60%. Em 2018, ele disse que eu perderia para todo mundo, até para o Cabo Daciolo.”