Coluna Caio Gottlieb: ALÔ, ALÔ, MARCIANO

Inaugurado no último domingo (11) pelo inglês Richard Branson, magnata do setor aéreo que comandou um breve passeio suborbital a 89 quilômetros de altitude em uma nave tripulada por dois pilotos e mais três passageiros, desenvolvida por sua empresa especialmente para esse fim.

O turismo espacial será marcado por mais um momento histórico na próxima terça-feira (20) com o lançamento do foguete do bilionário norte-americano Jeff Bezos, fundador da Amazon, que vai colocá-lo junto com mais três pessoas a 100 quilômetros de altura em voo totalmente autônomo.

E o negócio demonstra potencial para ser dos mais promissores: a Virgin Galactic, companhia que Branson criou exclusivamente para atuar no ramo, já vendeu mais de 600 passagens para as próximas aventuras a preços que variam entre 200 mil e 250 mil dólares. Por sua vez, Bezos leiloou por 28 milhões de dólares um dos assentos destinados a seus companheiros de viagem, doando o dinheiro para uma fundação beneficente.

Outro ricaço, o sul-africano Elon Musk, da indústria de carros elétricos Tesla, que estreou na brincadeira há mais tempo fornecendo propulsores para missões da Nasa que transportam astronautas e suprimentos à estação espacial internacional, tem planos ainda mais ousados: levar os primeiros humanos a Marte até o final da década.

Supondo-se, aliás, que hoje fosse possível passar férias no planeta vermelho, o que poderia haver de interessante para ver por lá, além de desfrutar da incrível experiência da jornada?

Pois aqui estão alguns atrativos mapeados pelos astrônomos a partir do conhecimento já obtido da superfície marciana:

Monte Olimpo – Um dos maiores vulcões do sistema solar (veja a imagem no título), sua altura é de 25 quilômetros, o que o torna três vezes mais alto que o nosso Monte Everest, o ponto mais elevado da Terra.

Vulcões Tharsis – Na mesma região do Olimpo, em uma área com 4 mil km de largura, há outros 11 vulcões gigantes, todos inativos. Estima-se que eles tenham entrado em erupção por até 2 bilhões de anos.

Cratera Gale e Monte Sharp – Palco da aterrissagem do rover Curiosity, a Gale também é famosa por armazenar diversas evidências de que já houve água no planeta. Atualmente, o jipinho explora um vulcão próximo à região, batizado de Sharp.

Medusa Fossae – Uma das localizações mais estranhas de Marte, é uma região geológica de origem incerta. Há pesquisadores que acreditam na possibilidade de ter havido ali algum tipo de acidente de OVNI. Mas a explicação mais provável é que trata-se de um enorme depósito vulcânico, com rochas esculpidas por ventos.

Dunas fantasmas – A água que existiu no passado em Marte teria evaporado quando a atmosfera ficou mais fina. Há, porém, sinais de sua antiga presença nas regiões apelidadas de “dunas fantasmas” encontradas na bacia de Noctis Labyrinthus e Hellas, que já tiveram dezenas de metros de altura, mas que eventualmente foram inundadas por lava ou água.

Embora viagens regulares de homens e mulheres a Marte ainda pareçam mais apropriadas a filmes de ficção científica, a verdade é que elas estão cada dia mais perto de se tornar realidade e vão começar a acontecer muito mais cedo do que imaginamos.

Quem viver, verá.

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