Antes das competições começarem em Tóquio 2020, a dúvida era quem precisava de quem: o skate e o surfe que precisavam de mais público ou os Jogos Olímpicos que precisavam de uma modernização em suas modalidades? E o basquete 3×3, que pouca gente ainda pronunciava corretamente, com o “xis” entre os números. Com o término das três modalidades nesta quarta-feira (28), o casamento foi perfeito.
Se levado em conta o lado brasileiro, a inclusão desses esportes também foi proveitosa já que Kelvin Hoefler e Rayssa Leal conquistaram as medalhas de prata no skate street, e Ítalo Ferreira levou o ouro no surfe, todos em disputas acirradas. Pâmela Rosa, Letícia Bufoni (ambas no skate) e Gabriel Medina (no surfe) também tinham grandes chances de medalha. No 3×3, o país não teve representantes.
Kelvin Hoefler reconheceu que fez história ao estar no primeiro pódio olímpico do skate
“Foi ótimo mostrar o skate pela primeira vez nas Olimpíadas. O skate é profissional, não é brincadeira e os atletas se prepararam muito para estar aqui”, disse o brasileiro Kelvin Hoefler, medalhista de prata no street, no Ariake Urban Sports, um legado olímpico para a capital japonesa.
Ítalo Ferreira deixou Tóquio 2020 com título de primeiro campeão olímpico da história
PRATIQUE VOCÊ MESMO
Quando pensou na introdução de novos esportes, o COI (Comitê Olímpico Internacional) também acreditava em modalidades que os torcedores pudessem praticar sem necessidades de grandes equipamentos públicos ou privados. Nesse aspecto, o 3×3, disputado em uma meia quadra de basquete, foi o exemplo perfeito.
Uma tabela de basquete de qualquer esquina nos Estados Unidos, berço da modalidade, já viraria um palco olímpico. O show ainda ganhou DJs com músicas modernas e um show de luzes antes da partidas, mas o espetáculo mesmo foi dentro da quadra.
Além dos três esportes, o BMX freestyle, o caratê e a escalada esportiva são novidades no programa olímpico para este ano. Nenhum desses ainda estreou.