No último sábado (7), a Embaixada da China no Brasil respondeu à visita do conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, ao país, após o mesmo dizer que para ser parceiro da OTAN, o Brasil deveria abrir mão da tecnologia 5G da Huawei.
A embaixada chinesa afirmou em um comunicado que os ataques dos EUA são mal-intencionados e infundados, e que têm real objetivo de difamar Pequim, cercear as empresas chinesas de alta tecnologia e preservar os “interesses egoístas da supremacia norte-americana”.
“A esse tipo de comportamento que busca publicamente coagir os outros países na construção do 5G e sabotar a parceria sino-brasileira, manifestamos forte insatisfação e veemente objeção”, afirmou o texto do comunicado.
A nota afirma que a Huawei tem boa cooperação com mais de 500 empresas brasileiras e fornece equipamentos a quase metade das redes de telecomunicação do país, atendendo a 95% da população brasileira.
Adicionalmente, a embaixada apontou os EUA como o “maior império de hackers” do mundo, dizendo que o país é que representa uma verdadeira ameaça à segurança cibernética global.
Sobre a postura do Brasil, a embaixada declarou que não acredita que o governo brasileiro vá excluir os chineses de futuros contratos no setor e manterá um bom ambiente de negócios.
“Acreditamos que o Brasil vai fornecer regras de mercado em sintonia com os parâmetros de transparência, imparcialidade e não discriminação para empresas chinesas e de qualquer outra nacionalidade, bem como continuar a manter um bom ambiente de negócios para a cooperação econômico-comercial sino-brasileira”, disse a nota.
Na sexta-feira (6), Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA visitou o Brasil para tratar diversos assuntos, entre eles combate à pandemia.
Em reunião com ministro da Defesa, general Braga Netto, Sullivan disse que o país pode ser parceiro da Aliança Atlântica se desabilitar a tecnologia chinesa 5G da Huawei no país.