Os EUA anunciaram novas sanções contra o Irã, desta vez focado no programa de drones de Teerã e empresas e pessoas ligadas ao setor, anunciou o Departamento do Tesouro norte-americano nesta sexta-feira (29).
“Hoje, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros [OFAC, na sigla em inglês] do Departamento do Tesouro dos EUA designou membros de uma rede de empresas e indivíduos que forneceram suporte crítico aos programas de veículos aéreos não tripulados do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica [IRGC, na sigla em inglês] e sua unidade expedicionária, a Força Quds.”
O general Saeed Aghajani, que supervisiona a administração dos drones da Força Quds e que já estava em outra lista negra norte-americana, também foi afetado pelas novas sanções, assim como o general Abdollah Mehrabi, outro alto funcionário das Força Quds.
De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, Irã “usou drones fatais e promoveu a proliferação [deles] entre os grupos apoiados” por Teerã, como o Hezbollah, do Líbano, o palestino Hamas e o movimento iemenita houthi, “assim como na Etiópia, onde a crise está se agravando e ameaça desestabilizar toda a região”.
O comunicado afirma ainda que drones iranianos foram usados em ataques “contra navios internacionais e forças norte-americanas, incluindo dois incidentes neste ano.
Os quatro indivíduos iranianos adicionados na lista negra dos EUA foram: Yousef Aboutalebi, Saeed Aghajani, Abdollah Mehrabi e Mohammad Ebrahim Zargar Tehrani. As entidades que sofreram sanções são: Kimia Part Sivan Company LLC e Oje Parvaz Mado Nafar Company.
As sanções ocorrem dias após o Irã anunciar que está disposto a retomar as negociações com os EUA em novembro para salvar o acordo nuclear conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês).