Covid-19: VIENA TEM ATOS CONTRA LOCKDOWN E VACINAÇÃO OBRIGATÓRIA

Cerca de 35 mil manifestantes foram às ruas de Viena, capital da Áustria, a no sábado 20 protestar contra a adoção de um lockdown em todo o país na tentativa de frear o número de infecções por covid-19. A nação europeia tem hoje a terceira maior taxa de incidência de novos casos do mundo.

A Áustria é o primeiro país europeu a reintroduzir um lockdown. A medida entra em vigor na segunda-feira 22 e durará por até 20 dias. Nesse período, as pessoas só poderão sair de casa para trabalhar, comprar bens de consumo essenciais e fazer exercícios.

Após o fim do lockdown, apenas os vacinados poderão retomar a vida normal. Os não vacinados seguirão proibidos de sair de casa para as atividades não essenciais.

O governo também determinou que a vacinação será obrigatória para todos os moradores da Áustria a partir de 1º fevereiro de 2022. É o primeiro país da Europa a tomar essa decisão.

A Áustria já havia imposto um lockdown exclusivo para os não vacinados no início da semana passada, mas o aumento do número de infecções colocou pressão sob o governo para que agisse rápido para conter a disseminação do vírus.

O presidente austríaco, Alexander Van der Bellen, disse em pronunciamento na televisão que havia risco de as divisões na sociedade se aprofundarem, mas que as pessoas deveriam fazer o possível para evitar isso.

CRÍTICAS

As regras rigorosas despertaram a ira de alguns setores da população. O líder do partido FPÖ, Herbert Kickl, que no momento está com covid e não pôde ir ao ato, disse que as normas colocavam o país no rumo de virar uma “ditadura” e pediu que as pessoas manifestassem a maior resistência possível contra as medidas.

CORRIDA ÀS LOJAS

Cerca de 66% da população da Áustria está totalmente vacinada contra a covid-19, uma das piores taxas na Europa ocidental.

Além dos protestos, muitas pessoas foram ao centro de Viena neste sábado para fazer compras no último dia antes do início do lockdown.

Centros comerciais em outras partes do país também ficaram lotados, especialmente no norte da Áustria, onde as restrições devem durar mais tempo em função da situação da pandemia nessa região ser mais grave.

(Da Redação com Revista Oeste)

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