Foz do Iguaçu: DENÚNCIA DA MÁ GESTÃO DE ROSA JERÔNYMO NA SAÚDE, ALERTA SOBRE NOVO COLAPSO NO HOSPITAL MUNICIPAL

Estourou mais um rombo no Hospital Municipal que estaria sem dinheiro para aquisição até de insumos básicos para cirurgias eletivas, que poderá ser suspensas novamente.

Passado esse período de dinheiro fácil nos mais difíceis momentos da pandemia, tudo sob o comando da secretária de Saúde e primeira-dama, Rosa Jerônymo, muitos e muitos milhões despejados pelo Governo Federal, Itaipu e pelo Estado para o enfrentamento da Covid-19, leitos foram abertos, licitações dispensadas e até hoje não houve prestação de contas, e se houve isso não o foi de forma que a opinião pudesse ter acesso a essas informações.

Depois, passado o pico da crise da pandemia, mudou-se a gestão do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu – HMFI, mediante as inúmeras denúncias de irregularidades na principal unidade do Sistema Público de Saúde do município, o que não impediu que, sem a normalização dos serviços e demandas da Saúde pública do município voltassem a normalidade, Rosa Jerônymo e o novo diretor do Hospital Municipal, que mal assumira a direção do HMFI, resolveram tirar férias, concomitantemente, e foram para Dubai. A secretária de Saúde e o diretor do hospital, Amon Mendes Franco, aproveitaram a caravana do prefeito Chico Brasileiro e foram para os Emirados Árabes.

Caos Continua – Novas denúncias recebidas agora pelo IGUASSU News alertam para novo colapso na unidade hospitalar, mesmo passado os momentos mais críticos da pandemia e dos números de casos e mortes pela Covid. Os relatos são inquietantes. Com a má administração dos recursos, segundos as informações recebidas por este portal de notícias, dão conta de que não há dinheiro para o fechamento do ano. Alguns setores e atividades podem ser paralisadas a começar pela suspensão das cirurgias eletivas, que já haviam ficado suspensas por causa do momento mais grave da pandemia, e estava voltando lentamente. Na administração do prefeito Chico Brasileiro, antes mesmo da pandemia, o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu já passava por uma crise sem precedentes.

Incompetência – Com a primeira-dama, Rosa Jerônimo Lima, na gestão da saúde, a situação chegou a um nível tão crítico que, segundo nossa fontes, nesta semana o Hospital Municipal começou a pedir socorro aos empresários da cidade. Decidiu, literalmente, passar a sacolinha. Ao invés de resolver os problemas de má gestão, apelaram a ponto de bater na porta da Acifi e do Codefoz.

“A responsável pela área de compras do Hospital Municipal ligou pedindo ajuda para a ACIFI e outras entidades. Pedindo ajuda (não dinheiro, mas com materiais) porque estão totalmente sem recursos para comprar os materiais básicos para as cirurgias eletivas. Inacreditável e revoltante”, informou a fonte.

O assunto causou estranheza aos empresários e está repercutindo entre eles. “O novo diretor entrou, contratou vários CCs que não entendem da gestão do Hospital. Estão desviando recursos descaradamente (ou pelo menos administrando muito mal) e ainda manda os funcionários passarem o chapéu na iniciativa privada dizendo que é obrigação nossa ajudar?”, questionou um dos empresários intimado a ajudar.

“O pior é que a funcionária que ligou disse para a nossa secretária que a sociedade civil precisa ajudar porque todos precisam se envolver para resolver a situação, que a saúde pública é uma responsabilidade de todos. E que como esse ano não vão mais conseguir dinheiro com Itaipu, precisamos ajudar eles”, completou outro empresário, atônito com o caso.

“Não estão conseguindo comprar os materiais porque além de administrarem mal o dinheiro, demitiram toda a equipe anterior de uma só vez e colocaram pessoas incompetentes no lugar”, denunciou outra fonte do IGUASSU News.

GRAVE CRISE DE GESTÃO

Em setembro deste ano, nossa equipe já denunciava: “COM GASTOS ESTRATOSFÉRICOS, HOSPITAL MUNICIPAL VIRA EPICENTRO DA CRISE DE GESTÃO NA SAÚDE DE FOZ DO IGUAÇU”. A reportagem do IGUASSU News denunciou à época que com a troca de comando feita às pressas e o agravante da revelação dos gastos estratosféricos, o Hospital Municipal se tornava naquele momento o novo epicentro da crise de gestão na saúde pública de Foz do Iguaçu.

Revelou que o problema vinha aumentando e piorou desde o começo do ano quando a primeira-dama deixou a Secretaria de Direitos Humanos e assumiu a Secretaria de Saúde. Os vereadores da situação (são 12) calaram-se e a população ficou desamparada. Afinal, qual vereador com gente nomeada na prefeitura irá criticar a saúde em que a gestora é a esposa do prefeito?

E assim, os vereadores se calam, o povo é mal atendido na saúde e não tem a quem recorrer. No Hospital, as revelações naquela oportunidade (setembro de 2021) apontaram que os gastos que já eram altíssimos em 2019 (certa de R$ 100 milhões/ano) subiram mais que o dobro, chegando a uma projeção de R$ 240 milhões para este ano. São espantosos R$ 20 milhões mensais.

No dia 16 de setembro, o então diretor da Fundação de Saúde (que gerencia o HM), Sergio Fabriz, foi exonerado do cargo de diretor-presidente do hospital. Em seu lugar assumiu Amon Mendes Franco de Sousa. Nos primeiros atos ele demitiu cargos de confiança, aproximadamente 20 CCs e nomeou sua equipe. Fabriz saiu em um momento muito turbulento, sem ter apoio algum da Secretária de Saúde e primeira-dama, Rosa Jerônymo. O então diretor se viu jogado aos leões.

Na troca de comando já estava exposta a grave crise no Hospital e que vinha atingindo o nome da Secretária de Saúde. Rapidamente fizeram a substituição gerando um tremendo desconforto. Homem de confiança do prefeito Chico Brasileiro e do aliado político dele, Nilton Bobato, que foi vice-prefeito e atualmente comanda a Secretaria de Administração, Sergio Fabriz se viu obrigado a deixar o cargo. Foi a Secretária de Saúde e primeira-dama, Rosa Jerônimo quem mandou exonerar Fabriz.

O ex-diretor está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e Promotoria Estadual de Justiça em razão de uma série de irregularidades, principalmente na dispensa de licitação na contratação de mão de obra e serviços. As transações envolvem recursos repassados pelo Estado e pela União por meio do SUS. Dentre os contratados está um dos filhos do próprio prefeito, em valores milionários.

Temendo ser alcançada pela investigação, Rosa mandou exonerar o diretor Sérgio Fabriz. Nos bastidores do hospital, segundo apurou a reportagem do IGUASSU NEWS, o agora ex-diretor avisou que muitos iriam cair junto com ele, mas não teve a coragem necessária para seguir adiante nas denúncias.

O alerta foi um grito de revolta de Fabriz que está se sentindo abandonado pelos parceiros depois de comandar por quatro anos todo o esquema de serviços e dispensas de licitação no hospital atendendo aos interesses do Governo Chico Brasileiro, Bobato e Rosa.

O Tribunal de Contas do Paraná declarou irregulares as contas apresentadas pelo diretor presidente da Fundação de Saúde, relativas ao ano de 2019 e que as de 2020 ainda não foram julgadas. Em função dessas ilegalidades o Tribunal decidiu aplicar multa administrativa a Sérgio Fabriz, de acordo com o artigo 87 da mesma lei.

OBSERVATÓRIO SOCIAL APONTOU IRREGULARIDADES E FALTA DE TRANSPARÊNCIA

Por duas vezes o Observatório Social de Foz do Iguaçu apontou irregularidades nas contas da Fundação de Saúde que administra o Hospital, dentre elas a falta de transparência na gestão. Em outra investida, a entidade pediu a revisão de um contrato para serviços de manutenção em um tomógrafo, no valor de R$ 224.000,00.

O Observatório também denunciou que de janeiro a agosto de 2020 a Fundação de Saúde autorizou a compra de remédios e insumos em valores que superam os R$ 3 milhões. Segundo o Observatório, que acompanha os gastos do poder público, uma pesquisa em nível nacional confirmou que os mesmos medicamentos poderiam ser comprados com uma economia superior a R$ 1,6 milhão. A compra fora feita pelo pregão 027/2020 e o Observatório pediu a revisão dos contratos.

SOLDADO FRUET DENUNCIOU A FARRA DAS DISPENSAS DE LICITAÇÃO

Em fevereiro de 2020 o deputado Soldado Fruet pediu ao Ministério Público Federal (MPF) uma investigação sobre uma série de processos de dispensas de licitações para contratação de empresas prestadoras de serviços médicos, odontológicos, nutrição e fonoaudiologia para o Hospital Municipal.

O deputado disse que a saúde é um caos, enquanto “milhões de reais estão indo pelo ralo”. Em pronunciamento na Assembleia Legislativa, o parlamentar citou o caso de quatro lotes de empresas que foram aquinhoadas com R$ 27 milhões, de um total de R$ 41 milhões previstos para 35 lotes.

“As quatro empresas contratadas possuem quase todos os sócios médicos que já prestam serviços no Hospital Municipal, o que seria, no mínimo, imoral, pois teriam informações que os demais concorrentes não tinham, isso se tivesse havido licitação”, denunciou o deputado. A denúncia do Soldado Fruet foi acatada pelo MPF e por conta disso uma investigação minuciosa estaria em curso e pode atingir Sérgio Fabriz e outros gestores, dentre eles a secretária de Saúde e primeira-dama, Rosa Jerônimo.


CONTRADITÓRIO: Como é de praxe, IGUASSU News, desde já, disponibiliza o e-mail contato@iguassunews.com , para que citados na reportagem se pronunciem, o que deverá ser feito por escrito (texto em arquivo formato MS WORD), remetido para o nosso citado endereço eletrônico.

(Da Redação)

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