Os cientistas começaram a mesclar os dois estudos em junho de 2000 e, durante anos de pesquisas e compilações de dados, conseguiram criar um enorme mapa de cromossomos.
“Esta é a maior árvore genealógica humana de todos os tempos, que incluiu cerca de 3.600 indivíduos de todo o mundo. Conseguimos reunir todos esses dados nesta enorme rede de laços entre pessoas, por meio de ligação genética usando seus DNAs”, explicou o geneticista da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e um dos autores do projeto, Yan Wong.
A árvore genealógica é formada por 231 milhões de linhagens ancestrais. A representação é feita por oito linhagens principais, que se multiplicam em milhares de gerações menores, chegando a momentos muito distantes, como se pode observar no vídeo demonstrativo divulgado pela Universidade de Oxford.
“Essencialmente, estamos reconstruindo os genomas de nossos ancestrais e usando-os para formar uma série de árvores evolutivas vinculadas entre si […]. Assim nós podemos então estimar quando e onde esses ancestrais viveram”, explicou o geneticista líder do estudo, Anthony Wilder Wohns, também pesquisador da Universidade de Oxford.
Uma das vantagens do modelo usado pelos pesquisadores, de acordo com Yan Wong, é que eles conseguem determinar as linhagens fazendo “poucas suposições sobre os dados analisados e podem incluir amostras de DNA modernas e antigas”.
O estudo publicado na revista científica Science é focado nos genomas dos seres humanos, mas, de acordo com os geneticistas, o mesmo modelo pode ser aplicado em diferentes espécies e ajudar a traçar detalhes sobre a evolução do planeta Terra e também propiciar avanços em estudos médicos.