Em uma entrevista realizada nesta terça-feira, 1, em um complexo governamental, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia deve parar de bombardear as cidades ucranianas para que uma negociação significativa de cessar-fogo possa começar. “É necessário pelo menos parar de bombardear as pessoas, apenas parar o bombardeio e depois sentar-se à mesa de negociações”, disse Zelensky. Na segunda-feira, 28, representantes dos dois países se reuniram na cidade de Gomel para chegarem a um acordo. Entretanto, após cinco horas de reunião nada ficou decidido e ambas as partes vão se encontrar novamente na quarta-feira, 2.
Durante a entrevista, o presidente ucraniano também pediu que os membros da Otan imponham uma zona de exclusão aérea, dizendo que esta seria uma medida preventiva e não significaria arrastar a aliança para a guerra com a Rússia, e complementou sua fala dizendo que caso a Ucrânia exigirá garantias de segurança juridicamente vinculativas se a Otan fechar a porta às perspectivas de adesão da Ucrânia.
“Nossos parceiros, se não estiverem prontos para levar a Ucrânia para a Otan… porque a Rússia não quer que a Ucrânia faça parte da Otan, deveriam trabalhar em garantias de segurança comuns para a Ucrânia”, disse Zelenskiy.
Apesar dos membros da Otan terem enviado um carregamento com armas para que os ucranianos possam se defender dos ataques russos e terem imposto uma série de sanções, os países do ocidente não pretendem entrar na guerra e o presidente dos Estados Unidos já avisou que não vai mandar as tropas dele para lá.
Diante desse cenário, o presidente ucraniano pediu para que a comunidade internacional faça mais, dizendo que “não se trata de arrastar os países da Otan para a guerra”. A verdade é que todos foram arrastados para a guerra há muito tempo e definitivamente não pela Ucrânia, mas pela Rússia – uma guerra em grande escala está acontecendo”. Para Zelensky, essa seria uma forma de manter a integridade territorial e saber que as fronteiras estão protegidas.
(Com JP News)