Estratégica: ALUNOS DA ESCOLA SUPERIOR DE DEFESA VISITAM ITAIPU E DEBATEM SEGURANÇA ENERGÉTICA

O curso conta com representantes de 33 instituições, 30 delas civis e três das Forças Armadas.

O chefe da Assessoria de Informações de Itaipu Binacional, Paulo Sergio Castello Branco Tinoco Guimarães, falou sobre “A Usina de Itaipu: importância estratégica e influência na matriz energética” para alunos da Curso Superior de Inteligência Estratégica (CSIE) da Escola Superior de Defesa (ESD), ligada ao Ministério da Defesa. A palestra ocorreu nesta quarta-feira (11), no Auditório Integração.

A atividade foi aberta pelo diretor administrativo, Paulo Roberto da Silva Xavier, que deu as boas-vindas ao grupo, em nome da diretoria. Após a apresentação de Paulo Tinoco, os alunos partiram para uma visita técnica à hidrelétrica binacional.

De acordo com o chefe do Departamento Acadêmico da ESD, general de brigada Carlos Henrique Teche, o curso conta com representantes de 33 instituições, 30 delas civis e três das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica). “É um público seleto, bastante representativo, e que já tem alguma experiência na área de inteligência”, afirmou.

Entre os alunos, há profissionais indicados pelo Ministério da Justiça, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, polícias militares de diferentes estados, entre outros.

O curso tem 16 semanas de duração, aulas presenciais em Brasília e uma semana para viagens interdisciplinares. Foz do Iguaçu e a usina de Itaipu foram escolhidas pela posição estratégica (área de tríplice fronteira) e importância para a segurança energética do País. “A formação tem o objetivo de fomentar o sentimento de defesa [entre os alunos], com foco na inteligência estratégica”, explicou o general.

Em sua apresentação, Paulo Tinoco fez um histórico das negociações diplomáticas que resultaram na construção da usina binacional; descreveu o Tratado de Itaipu (aprovado pelos Legislativos de Brasil e Paraguai) e seus anexos; sublinhou a importância da usina para o suprimento de energia elétrica para os dois países; falou sobre as ações da empresa para preservação do meio ambiente na área de abrangência; e destacou o atual modelo de gestão na margem brasileira, baseado nos princípios constitucionais da boa administração pública.

O chefe da Assessoria de Informações também falou sobre o fim do pagamento da dívida de 50 anos para construção da usina, em 2023, e a negociação para a revisão do Anexo C do tratado, que estabelece as bases financeiras e de prestação de serviços de eletricidade.

O superintendente de Segurança Empresarial, Alfredo Taranto, participou do debate e explicou aos alunos as particularidades e desafios para proteção física da hidrelétrica, considerada uma das principais infraestruturas críticas do País pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

(Com JIE, Foto: Rubens Fraulini)

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