A Polícia Federal afirmou nesta sexta-feira que as investigações sobre os assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira apontam até o momento para que os assassinos tenham agido sozinhos, sem o envolvimento de um mandante ou de uma organização criminosa.
A PF disse em comunicado que os policiais ainda buscam pelo barco em que Phillips e Pereira viajavam quando foram vistos pela última vez vivos. A polícia também disse que as investigações sugerem que mais pessoas estão envolvidas no crime além dos dois suspeitos que o confessaram.
Remanescentes humanos chegam para perícia
Na quinta-feira, o avião que transportou os remanescentes humanos encontrados durante as buscas pela dupla pousou, por volta das 18h30, no Aeroporto de Brasília. O material foi levado ao Instituto Nacional de Criminalística, onde será periciado para confirmação das identidades.
Os restos mortais foram encontrados durante buscas na quarta-feira, após um dos presos suspeito pelo desaparecimento, o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, ter confessado o crime na noite anterior. Ele acompanhou agentes até o local onde teria enterrado os corpos, uma área de mata fechada e difícil acesso, a cerca de três quilômetros da calha do rio Itaquaí, afluente do rio Javari.

O desaparecimento
Dom Phillips e Bruno Pereira foram vistos pela última vez em 5 de junho, enquanto viajavam pelo Vale do Javari, uma região remota do estado do Amazonas palco de conflitos entre indígenas e invasores de terras.
Amarildo da Costa Oliveira foi preso em 7 de junho por suspeita de envolvimento no desaparecimento. A polícia chegou ao nome de Amarildo ainda no início das investigações. Testemunhas ouvidas pelas autoridades policiais disseram que viram Amarildo ameaçando Pereira. Uma testemunha também relatou que Amarildo foi visto em uma lancha, navegando logo atrás da embarcação de Pereira e Phillips.
Em 14 de junho, a PF informou que prendeu mais um suspeito. Ele foi identificado como Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, de 41 anos. Ele é irmão do pescador Amarildo da Costa Oliveira.
(Com Reuters e DW)