Foz do Iguaçu: APÓS REQUERIMENTO DO MP, HOSPITAL MUNICIPAL DEVERÁ TER INTERVENÇÃO EM RAZÃO DE IRREGULARIDADES E DIRETOR JÁ ESTÁ AFASTADO

Promotoria aponta irregularidades na administração e dívida superior à R$ 100 milhões.

O prefeito Chico Brasileiro, acatou a recomendação do promotor Luís Marcelo Mafra Bernardes, da 9ª Promotoria de Justiça de Foz do Iguaçu, e afastou nesta terça-feira (21), o diretor-presidente do Hospital Municipal Padre Germano Lauck e da Fundação Municipal de Saúde, o médico Amon Mendes Franco de Souza (foto ao lado).

Dr. Amon Franco dirigia o Hospital Municipal desde agosto de 2021. Nesta terça-feira, a Promotoria de Justiça apontou uma série de irregularidades na administração do Hospital, como pagamentos irregulares de horas-extras e falta de materiais e condições de higiene no centro cirúrgico.

Além disso, o hospital também tem uma dívida de mais de R$ 100 milhões. Serviços como ortopedia estão com atendimento reduzido e funcionários que reclamam das condições de trabalho chegaram a ameaçar uma greve geral.

Ainda não foi definido o nome do Interventor do hospital.

Intervenção no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu

Responsável pelo atendimento diretor de pacientes do SUS de Foz do Iguaçu e de todos os outros oito municípios da 9ª Regional de Saúde, o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu também é porta aberta para os pacientes enviados pelo Paraguai e argentina. Atualmente, a casa hospitalar tem uma dívida que passa dos R$ 100 milhões.

A recomendação do MP, endereçada ao prefeito Chico Brasileiro (foto ao lado) e a Secretária de Saúde Jaqueline Tontini, foi assinada pelo promotor, Luiz Marcelo Mafra. Segundo o promotor, a intervenção, deve ser feita em no máximo 20 dias.

A motivação do pedido, além da dívida é a apuração de irregularidades nas ações realizadas pela diretoria. Serviços de atendimento à população foram paralisados e os funcionários reclamam das condições de trabalho e chegaram a anunciar uma greve geral.

O prefeito de Foz do Iguaçu e a Secretária de Saúde do Município, ainda não se manifestaram sobre a orientação.

A recomendação da Promotoria ressalta ainda, declarações prestadas pelas empresas de ortopedia e traumatologia, de ausência de ambiente estéril e seguro para realização de cirurgias, como materiais não esterilizados conforme normas de biossegurança, porta de acesso ao respectivo local danificada a impedir o isolamento total com o corredor e mosca abatida no centro cirúrgico na sala cirúrgica.

Das Irregularidades

-Carência de materiais ou, até mesmo em quantitativo insuficiente e/ou qualidade inferior, para a regular vazão das cirurgias devidamente programadas nos mapas cirúrgicos diários, fatos estes retratados pela ausência dos seguintes insumos/equipamentos;

-Ausência de manutenção adequada dos equipamentos utilizados nos atos cirúrgicos, tais como: perfurador, caixa de haste, fresas, chaves incompatíveis para o tamanho dos parafusos disponíveis, mesa de tração com defeito impedindo o emprego da técnica adequada ao procedimento cirúrgico e materiais que vieram a quebrar durante o ato cirúrgico;

-Ausência de refrigeração adequada nos centros cirúrgicos a evitar o suor excessivo da equipe durante o ato, elevando-se os riscos de contaminação do campo cirúrgico;

-A suspensão de contrato com seis empresas prestadoras de serviço de ortopedia;

-Recorrentes atrasos nos pagamentos de fornecedores de materiais cirúrgicos hospitalares;

-Abruta suspensão dos contratos de ortopedia sem planejamento;

-Acumulação das funções do diretor-presidente com as de diretor-técnico.

(Com CATVE)

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