Risco: EM SITUAÇÃO RARA, ASTEROIDE “POTENCIALMENTE PERIGOSO” ACELERA ROTAÇÃO

Fenômeno só foi observado em outros 10 asteroides e o 3200 Phaethon é o maior deles.

Cientistas descobriram um fato curioso sobre um asteroide “potencialmente perigoso” que é monitorado por astrônomos. Chamado de 3200 Phaethon, o asteroide está acelerando a taxa de rotação. A característica só foi observada em outros 10 asteroides ao longo da história. Sendo que Phaethon é o maior deles. A descoberta foi feita com dados do observatório de Arecibo, em Porto Rico. O radiotelescópio acabou desativado em 2020 após desabar. Os dados foram apresentados durante a 54ª Reunião Anual da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana (AAS). 

De acordo com os astrônomos, 3200 Phaethon já tinha outras características que o diferenciavam. Ele é azul, enquanto normalmente asteroides são cinzentos ou avermelhados, e se comporta como um cometa. Além disso, a órbita dele faz com que ele seja o asteroide que mais se aproxima do Sol. Até por isso, ele foi nomeado em homenagem ao filho do deus do sol grego, Hélios.

Ele é considerado “potencialmente perigoso” devido ao tamanho dele. Apesar disso, não representa risco para a Terra. Mas a proximidade com o nosso planeta faz com que todos os anos ele provoque a chuva de meteoros Geminídeas, em dezembro.

Ele também tem 5,4 quilômetros de diâmetro e gira uma vez a cada 3 horas e 36 minutos. Mas agora foi descoberto que essas rotações estão diminuindo em quatro milissegundos por ano, ou seja acelerando. As hipóteses são de que o asteroide esteja liberando sódio e, por isso, ficando mais leve. Também é possível que o calor, devido à proximidade com o Sol, esteja influenciando na rotação dele. 

Em 2028, a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão pretende enviar uma missão para voar pelo asteroide com o intuito de estudar a rocha. Com a descoberta, os cientistas avaliam que terão que calcular qual será a rotação do asteroide quando a missão for fazer o voo.

 

(Da Redação com Correio Braziliense – Foto: Nasa/ reprodução)

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