Conflito?: SUPOSTA ESPIONAGEM E DOSSIÊS NA PRF VIRAM ALVO DE INVESTIGAÇÃO

Apuração preliminar levou à exoneração de chefe da PRF e adjunto em Brasília.

Uma suposta espionagem dentro da Polícia Rodoviária Federal (PRF) contra o diretor-geral da instituição, Antônio Fernando Oliveira, virou alvo de investigação da Corregedoria.

A PRF também quer saber, na investigação aberta na semana passada, a autoria de “dossiês” contra a cúpula da instituição.

A investigação foi aberta de forma sigilosa contra o número dois da Superintendência da PRF no Distrito Federal, o superintendente substituto Rafael Silva. Segundo apuração preliminar da Corregedoria, há indícios de que ele usou meios de inteligência do próprio órgão para colher informações pessoais do chefe nacional da PRF, Antônio Fernando Oliveira.

E que teria sido ele o responsável por um dossiê com informações da cúpula da PRF. Integrantes da instituição ouvidos pela CNN, porém, dizem que a Corregedoria está na fase de apuração, inicial, coletando informações de forma sigilosa para preservar a investigação.

Exonerações

Para estancar a crise interna na PRF, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a quem a Polícia Rodoviária Federal está subordinada, exonerou no fim de semana a cúpula da PRF no DF, deixando os cargos o investigado Rafael Silva e o então superintendente Igor Ramos. Silva era o braço-direito de Ramos, que se filiou ao PT no mês passado.

Agentes ouvidos pela reportagem dizem que Ramos queria força política e apoio do partido para assumir a Direção-Geral da PRF.

Quem assumiu a chefia foi Adriana Pivato, que está na corporação desde 2006 e passou por áreas do órgão como o Núcleo de Operações Especiais (NOE/MS), a Universidade Corporativa da PRF (UniPRF) e o Núcleo de Educação Corporativa (NEC/CE).

Fontes próximas à antiga cúpula no DF disseram à CNN, em caráter reservado, que há um mal estar instalado na instituição, e que parte dos agentes está insatisfeita com o comando de Oliveira. A avaliação é de que as exonerações tiveram “motivação política”.

Procurados pela CNN, porém, Rafael Silva e Igor Ramos ainda não se manifestaram.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Da Redação com CNN Brasil)

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