Servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizaram um protesto durante a coletiva de imprensa que anunciava a Pesquisa de Orçamentos Familiares para 2024/2025, prevista para novembro. O sindicato que representa esses trabalhadores, Assibge-SN, informou que tomará medidas legais para tentar suspender a criação da fundação pública de direito privado denominada IBGE+, estabelecida pela atual administração do instituto. A participação do presidente do IBGE, Marcio Pochmann, foi cancelada em meio aos protestos. Os manifestantes exigiram um maior respeito e a abertura de canais de diálogo, mas até o momento não há reuniões agendadas entre Pochmann e os representantes do sindicato. A falta de comunicação tem gerado descontentamento entre os servidores, que temem as implicações da nova fundação.
O sindicato Assibge-SN argumenta que o IBGE deve ser sustentado financeiramente pela União, em vez de depender de parcerias com o setor privado. Além disso, a entidade criticou a ausência de um projeto de lei que regulamente a fundação e expressou preocupações sobre o possível aparelhamento do órgão, o que poderia comprometer sua autonomia. Os servidores estão organizando reuniões para planejar os próximos passos de sua mobilização, especialmente após uma série de protestos anteriores contra a gestão de Pochmann. A insatisfação com a atual administração e as mudanças propostas têm gerado um clima de tensão entre os trabalhadores do IBGE, que buscam garantir a integridade e a independência do instituto.