Para quem esperava que a iniciativa animasse os setores políticos que andam à cata de um candidato para encarnar nas eleições de 2022 a tal da “terceira via”, o manifesto em favor da democracia lançado dias atrás por seis pretensos aspirantes ao Palácio do Planalto foi um tiro na água.
A conversa morreu na casca.
Nem mesmo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, guru de João Doria, Eduardo Leite e Luciano Huck, que assinaram a declaração junto com Ciro Gomes, Eduardo Leite e João Amoêdo, se empolgou muito com a história.
Em que pese ter elogiado a articulação, ele jogou um balde de água fria na turma ao insinuar que os nomes da lista não estão à altura de enfrentar o desafio.
Entrevistado sobre o assunto, o tucano-mor ressaltou que está disposto “a se curvar a qualquer um deles que seja capaz de apresentar um bom programa de governo”, mas enfatizou que uma candidatura de centro para se viabilizar necessita muito mais do que uma sólida aliança político-eleitoral.
Sincero e realista, ele admitiu que “não é fácil ganhar do Bolsonaro ou do Lula. É preciso ter ressonância popular”.
Conclusão: aos eleitores que não são bolsonaristas e nem lulistas resta, por ora, somente a opção de escolher aquele que considerarem ser o menos pior dentre os dois.