Pandemia: FOZ DEFENDE “VACINA EM MASSA” CONTRA COVID

Cidade tem impacto de um milhão de pessoas que moram em um raio de 100 quilômetros e usam os serviços municipais de saúde.

Quatro situações apontam e até respaldam a defesa de vacinação em massa contra a covid-19 em Foz do Iguaçu. A primeira e a segunda se referem ao Paraguai e a Argentina que sofrem do recrudescimento da pandemia do coronavírus. A terceira traz a portaria do governo federal de sexta-feira, 28, que prevê a instalação de barreiras sanitárias nos aeroportos, rodoviárias e rodovias usadas por estrangeiros em visita ao país. A quarta diz respeito ao estudo na cidade de Serrana (SP) que comprova a eficácia do controle do coronavírus ao vacinar 75% da população.

Foz do Iguaçu já vacinou 25% da sua população de 258 mil moradores, mas, como diz o prefeito, a cidade tem um impacto de um milhão de pessoas que moram num raio de 100 quilômetros e que usam, de forma ou outra, os serviços de saúde pública da cidade.

Somente nas nove cidades da 9ª Regional de Saúde são mais de 405 mil moradores e que tem como referência Foz para o atendimento dos males da pandemia.

CONTROLE

A portaria do governo federal, segundo especialistas, acaba deixando a fronteira de Foz mais vulnerável ao ingresso de visitantes de outros países sem o devido monitoramento. Tudo que se exige nos aeroportos internacionais, não é monitorado na fronteira com o Paraguai. Esse é mais um motivo de ter uma vacinação em massa em Foz do Iguaçu”, disse o secretário da Transparência e Governança, José Elias Castro Gomes.

A instalação de barreiras na Ponte da Amizade, segundo José Elias, evita ainda possíveis transtornos ao comércio e aos moradores da Vila Portes. “Reconhecemos os transtornos, mas eles podem ser sanados com este controle na ponte entre o Brasil e o Paraguai”.

VACINAS PARA TODOS

“Nós ficamos vulneráveis com essa condição no Paraguai de ser o primeiro lugar no mundo em mortes por covid. Se não há condições do plano nacional de imunização de aumentar a remessa de doses das vacinas, um dos laboratórios que produz o imunizante pode escolher a fronteira de Foz porque quando vacinarmos 75% da população, estaremos ajudando as cidades mais próximas e o Paraguai”, completa José Elias.

O deputado Hussein Bakri, líder do Governo na Assembleia Legislativa, defende a proposta iguaçuense e afirma que o estudo do Instituto Butantã na cidade paulista de Serrana mostrou que a pandemia pode ser controlada com 75% da população vacinada. “Ou seja, a vacinação em massa testada naquele município aponta de forma clara que esse é o único caminho para alcançarmos o fim da pandemia”.

“Mas, enquanto a quantidade de vacinas ainda é insuficiente para chegarmos nesse ponto em todo o país, o prefeito Chico Brasileiro está defendendo a medida responsável de adotar um controle sanitário rígido na Ponte da Amizade e, assim, evitar a entrada de novas cepas no Paraná”, completa Bakri.

(Da Redação com AMN)

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