Um grupo de manifestantes se reuniu nesta sexta-feira em frente à sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro, para protestar contra o presidente afastado da entidade, Rogério Caboclo.
O dirigente, que está fora do poder desde o início de junho, após acusações de assédio sexual e moral feitas por uma funcionária da casa, irá depor à Comissão da Ética da Confederação.
Essa é a 3ª vez que manifestantes protestam na sede da Barra da Tijuca contra o cartola nas últimas semanas. Nesta sexta, foram proferidos gritos como “Rogério é um tarado”.
Segundo apurou a ESPN Brasil, direção da CBF solicitou informalmente que funcionários dos departamentos que funcionam no 2º andar do prédio (marketing, patrimônio, competições e registros), ou da Comissão de Ética, dessem preferência ao home office nesta sexta, evitando qualquer possível constrangimento com a passagem de Caboclo pelo local.
Está será a 1ª vez que o presidente afastado pisará na entidade após a determinação de seu afastamento, em 6 de junho.
Inicialmente prevista para 30 dias, a decisão foi prorrogada por mais 60 dias enquanto o caso é investigado.
Uma funcionária que trabalhava diretamente no gabinete de Caboclo, acusa o cartola de causar constrangimentos com perguntas de cunho sexual e com comentários sobre sua vida íntima.
Em um episódio durante reunião na casa de Rogério, a funcionária disse que o presidente tentou obrigá-la a comer um biscoito para cães enquanto a chamava de “cadela”.
Na quinta-feira, o ESPN.com.br ainda mostrou que Caboclo foi ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e protocolou um mandado de garantia contra a decisão da Comissão de Ética da CBF para tentar reverter seu afastamento do cargo.
O cartola e seus advogados foram recebidos pelo presidente do STJD, Otávio Noronha, pelo vice-presidente administrativo da casa, Felipe Bevilacqua, e pelos auditores do tribunal, Mauro Marcelo e Maurício Neves.
A defesa do dirigente solicita o imediato retorno de Rogério ao comando da Confederação, que ele deixou de ocupar após as denúncias de assédio moral e sexual feitas pela funcionária.
A decisão final da Comissão de Ética, por sua vez, é esperada para os próximos dias.