O ataque às agências bancárias de Araçatuba, no interior de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (30), deixou ao menos três mortos e cinco feridos. Uma das vítimas, um ciclista de 25 anos, passou pelo local, foi atingido por um artefato explosivo e teve os dois pés amputados. Homens fortemente armados fizeram um escudo humano com reféns.
De acordo com a Polícia Militar, pelo menos três pessoas morreram durante a ação criminosa. As vítimas feridas deram entrada na Santa Casa de Araçatuba para receber os primeiros atendimentos. Uma delas foi atendida no Pronto-Socorro do município com uma lesão na mão causada por uma arma de fogo.
De acordo com a Santa Casa Municipal, cinco vítimas passaram pelo atendimento no hospital. Um homem de 28 anos foi baleado no abdômen e está internado na Unidade de Emergência com quadro clínico estável.
Outro ferido é um homem de 31 anos baleado no rosto e nos braços. Segundo o hospital, ele precisou ser intubado e está em estado grave, porém estável. Outro ferido tem 38 anos e foi baleado nas pernas, braços e na cabeça. A vítima também precisou ser intubada devido a um rompimento de artéria.
Ele precisou ser levado ao centro cirúrgico para passar por um procedimento de revascularização do braço direito. A cirurgia começou às 10h e ainda está em andamento. O estado clínico do paciente é grave.
Outra vítima é um homem com 26 anos, o ciclista atingido por um explosivo. Ele sofreu amputações traumáticas dos dois pés e todos os dedos das mãos. O rapaz também teve ferimentos com estilhaços no corpo. Ele passou por cirurgia no inicio desta manhã e segue na unidade de recuperação pós cirúrgica. O quadro clínico é grave.
Além das vítimas fatais e dos feridos, o ataque em Araçatuba fez reféns, queimou automóveis, destruiu agências bancárias locais e aterrorizou o município do interior paulista. Mais de 20 homens participaram da ação, se utilizando de dez veículos, que são periciados.
O secretário em exercício da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, coronel Álvaro Camilo, disse que “ainda é cedo” para conectar o ataque dos criminosos a outras quadrilhas, e comentou que a reação da polícia foi rápida para conter o grupo.
“Fizemos uma força de reação rápida embora eles tenham tentado não deixar a polícia agir. Tivemos duas trocas de tiros, com um infrator morto, um ferido e um preso. Também houve cinco vítimas, sendo dois mortos na ação dos criminosos e três feridos”, afirmou Camilo.
Ao todo, mais de 350 agentes da polícia atuam na cidade, que agora está cercada em busca de mais criminosos. A operação conta com a atuação de quatro Baeps (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), Goe (Grupo de Operações Especiais), Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), da Polícia Civil e dois helicópteros Águia da Polícia Militar.