Conforme as informações do South China Morning Post, a companhia local alega que a Siri é uma violação de patente. Supostamente, a assistente inteligente da Apple seria uma cópia de um modelo de chatbot desenvolvido pela marca chinesa.
O embate entre a Xiao-i e a Apple não é recente. No ano passado, a empresa asiática realizou uma tentativa malsucedida de bloquear as vendas de dispositivos da big tech norte-americana devido à suposta violação de patente.
Anteriormente, as duas batalhas judiciais terminaram com uma vitória para cada parte. No 1º round, o pedido da Apple para invalidar a patente não foi aceito pelo juiz. No 2º caso, o tribunal não concedeu a liminar à Xiao-i e deixou a questão em aberto.
Então, a companhia chinesa decidiu ir à justiça novamente com a intenção de impedir a produção de iPhones no território. A empresa também pede a proibição da venda e da exportação dos dispositivos com a assistente Siri.
PRESSÃO POR UM ACORDO
Analistas acreditam que o processo da Xiao-i visa forçar a Apple a aceitar um acordo às vésperas do anúncio do iPhone 13. Neste momento, a interrupção da produção prejudicaria o lançamento do smartphone.
Também existe um risco particular em relação à justiça da China. Historicamente, os tribunais têm a reputação de favorecer as empresas locais em oposição às companhias estrangeiras.
No entanto, fontes dizem que o CEO da Apple, Tim Cook, odeia ser “chantageado” por marcas menores e não costuma ceder em brigas judiciais. Ao mesmo tempo, o governo chinês não deve arriscar interromper uma operação industrial tão lucrativa como a da big tech.