Devem existir razões estratégicas não alcançadas pela inteligência de simples seres mortais que convenceram Lula a chamar Geraldo Alckmin para ser seu vice na eleição presidencial e levaram o ex-governador paulista a topar o convite.
Arqui-inimigos figadais nas disputas estaduais e nacionais travadas desde sempre entre o PT e o PSDB, sigla que Alckmin deixou recentemente para ingressar no PSB e viabilizar a formação da chapa, eles pareciam pertencer a mundos totalmente opostos aos olhos da plebe ignara.
Vê-se agora que há mais defeitos que os aproximam do que virtudes que os distanciam.
Sabe-se que os políticos, com raras e honrosas exceções, fazem qualquer coisa para tomar o poder.
Mas não se imaginava que o cinismo, a desfaçatez, a hipocrisia, o mau-caráter e a falta de vergonha na cara de Lula e Alckmin poderiam chegar a esse ponto, fazendo de bobos os correligionários que durante décadas trocaram tapas nas ruas para defendê-los.
Até há pouco tempo, um xingava o outro de ladrão.
Como nenhum desmentiu o que disse, entende-se que ambos falavam a verdade e, portanto, unidos pelos mesmos ideais, decidiram aliar-se para novas conquistas.
O Brasil não tem eleitores, tem otários.
(Leia a Coluna Caio Gotlieb pelo link: caiogottlieb.jor.br)