O Refúgio, mantido pela Itaipu Binacional, é um lar seguro para mais de 360 animais, alguns deles estão na lista elaborada pelo Governo Federal com 25 animais que são prioridade para a conservação, porque estão em extinção no Brasil.
O Refúgio Biológico Bela Vista é realmente um aconchegante abrigo, um lar seguro para mais de 360 animais. Nele, as lontras podem brincar na água e antas nadam para se refrescar do calor da fronteira. Os cervos do pantanal pastam tranquilamente em terras paranaenses. Apesar do nome, eles não vivem só nas áreas alagadas do Centro-Oeste, também são comuns no Cerrado e parte da Mata Atlântica. Ou eram.
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Assim como as onças, essa espécie também está na lista elaborada pelo Governo Federal com 25 animais que são prioridade para a conservação, porque estão em extinção no Brasil.
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No Refúgio, vivem três cervos que são a prova da eficácia do programa de conservação das espécies, porque dois deles, que são fêmeas, estão prenhas. Coisa que não se vê aqui por 8 anos! Esse é o começo de uma gestação que vai durar nove meses.
Do Refúgio
Com mais de 36 anos de história, o Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), da Itaipu, é referência em conservação de fauna e flora, especialmente para outras empresas do setor elétrico. A unidade de conservação ocupa uma área de 1.780 hectares
Hoje, o RBV integra e é reconhecido como um posto avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA). O refúgio também compõe o Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná, que conecta o Parque Nacional do Iguaçu às áreas protegidas da Itaipu e ao Parque Nacional de Ilha Grande. Boa parte da vegetação que hoje é floresta foi recomposta pela Itaipu de áreas de pastagens e gramíneas.
O Zoológico Roberto Ribas Lange, principal atrativo do roteiro de visitação ao RBV, abriga 172 animais de 50 espécies, sendo 47 répteis e anfíbios, 65 aves e 60 mamíferos. Os animais são provenientes do próprio criadouro de animais silvestres da Itaipu, de outros zoológicos ou de órgãos ambientais como IAP, Ibama, ICMBio e Centro de Triagem de Animais Silvestres da PUC-PR.
O RBV conta, ainda, com o maior e mais bem-sucedido programa de reprodução de harpias do mundo. Desde 2009, nasceram ali 50 harpias. A unidade também tem tido sucesso na reprodução de onças-pintadas, com os últimos dois nascimentos ocorridos em junho de 2019. O primeiro foi em 2016.