Foz do Iguaçu: VEREADORA PROTETORA CAROL APRONTA DE NOVO

Abuso de autoridade e/ou usurpação de função pública? Fantasiada de preto e até com máscara da mesma cor, dando a entender aos incautos de que seria da polícia, a vereadora entrou em uma casa de onde retirou um cachorro de propriedade dos moradores.

O IGUASSU News recebeu neste fim de semana, a informação de que no último dia 5 de abril, na Vila A, a vereadora Carol Dedonati (paramentada ao ponto de ser confundida como policial, pelos mais desavisados) e com apoio de toda uma equipe e viatura ostensiva da Polícia Civil, teria adentrado a uma residência e de lá retirado um cachorro que, supostamente, sofreria maus tratos, o que, depois, verificou-se não ser verdade.

A família, possivelmente constrangida e/ou amedrontada pela presença do “operativo” policial com a vereadora Carol, deixou que o cachorro fosse levado. O fato causou comoção na vizinhança e foi parar nas redes sociais.

SEM NOÇÃO

Ainda em deslocamento para o “suposto” resgate de maus tratos, a vereadora “fantasiada” de preto, de camisa polo preta e máscara preta, vestimentas totalmente incomuns no dia a dia da mesma, já gravava vídeo anunciando a “diligência” para combater grave caso de maus tratos.

Sentindo-se com a retaguarda “coberta”, pela presença da Polícia Civil no local, contingente que, especula-se, teria sido acionado por Carol Dedonati ou por seu namorado que, segundo nossas fontes, é Policial Civil, a vereadora acessou a casa da família onde supostamente havia uma cachorrinha em condição de abuso. Após ouvir a família, ainda assim o animal foi retirado e levado para internação, por supostamente estar sob maus tratos.

CACHORRADA

Se houve o crime de maus tratos motivando a “ocorrência” comandada pela vereadora, alguns aspectos precisam ser esclarecidos:

– Quem foi conduzido pelo suposto flagrante criminal? (Informe dá conta que ninguém, e  isso deveria ter sido feito, a princípio,  por se tratar de flagrante delito);

– Onde está o B.O. da “operação”? (Somente depois desta matéria ser divulgada chegou a informação de que teria sido lavrado um B.O. no dia 10-04-2021, registro feito somente 5 dias após a ocorrência,  a qual foi no dia 5 também no corrente mês de abril…);

– Onde está a notificação ao respectivo Conselho Municipal? (Também não existiria)

Segundo apurado por nossa reportagem para esta matéria,  a qual ainda está em desenvolvimento,  o cachorro pertenceria a família e não se tratava de um animal acolhido enfermo da rua, o que reforça ainda mais a aparentr necessidade de que o responsável pelo suposto maus tratos fosse conduzido a Delegacia de Polícia, mas como era uma situação, até onde se sabe, um tanto quanto nova para a Polícia Civil, na verdade mais afeta a Polícia Militar, isso deve ter colaborado para a forma do desfecho da “operação “.

REAÇÃO

Segundo fontes do IGUASSU News, a família, vítima das cenas de “pastelão” perpetradas pela “Protetora” Carol Dedonatti, teria contratado advogado e buscado explicações na Delegacia da Polícia Civil que, registre-se aqui, polícia que não tem costume de atender esse tipo de ocorrência, como já informado na matéria.

Teria causado espanto ao representante legal da família a não usual participação/uso de policiais civis na “operação”, aparentemente montada pela vereadora de forma destrambelhada.

Uma das dúvidas da família era quanto e até que ponto o fato de suposto namorado da vereadora ser policial, ter sido ou não fator para a intervenção da Polícia Civil, e não a Polícia Militar, na “ocorrência” envolvendo Carol Dedonatti.

Segundo o que teria sido apurado pelo advogado da família na Delegacia de Polícia, não teria conseguido acesso a procedimento contra a família acusada de maus tratos ao cachorrinho levadodo deles pela vereadora.

O que houve então por parte da vereadora, abuso de poder? Usurpação de função pública? Falsa comunicação de crime?  Difamação da família, da qual o animal foi levado, para fins de promover a imagem da vereadora ou todas essas alternativas juntas? Isso só poderá ser definido após as respectivas investigações e procedimentos no Judiciário.

DEU RUIM

Percebendo a mais nova asneira que fez, Carol Dedonatti, ainda segundo fontes do IGUASSU News, teria acionado o suposto namorado-policial, para que esse corresse em “arrumar as coisas”, e até um vídeo, feito nesta segunda-feira (12), foi colocado no ar para tentar justificar a ação da vereadora que, no caso em tela, foi muito além das atribuições constituciinais para as quais foi eleita: fiscalizar os atos do Poder Executivo e Legislar.

DO LIMÃO, UMA LIMONADA?

A vereadora que antes divulgou nas redes sociais os supostos maus tratos ao tal pet –  gerando várias transtornos à família do animal – já teria procurado a família, de origem humilde e de poucas condições,  dizendo que vai pagar a conta de internação do animal e devolvê-lo a família (como devolver se teria havido maus tratos por parte dos donos do Pet?), mas que isso teria que ser feito com registro de imagens para a vereadora explorar com seu marketing, segundo fontes desta reportagem.

O fato é, que se algum crime tivesse foi cometido pela família contra seu animal de estimação, na “operação” da “Protetora Carol”, alguém teria sido conduzido para a Delegacia de Polícia, pois, a princípio, não bastaria apenas um Boletim de Ocorrência de flagrante crininal, sem a condução do respectivo responsável. Além de ter sido lavrado o B.O., poderia ter sido feito um Termo Circunstanciado contra o suposto responsável pelos maus tratos. Como nada disso, pelo que consta, houve, o que aconteceu foi, na verdade, muita alopração midiática da vereadora, que cada vez mais vai se tornado contumaz em trapalhadas.

CLIMA

Segundo apurado pelo IGUASSU News, é muito ruim o clima entre os policiais civis que participaram do “circo” da tal “operação” da edil “Protetora Carol”, pois os mesmos se dirigiram ao local pensando que haveria mesmo uma ocorrência criminal em curso. Eles, segundo consta, se sentiram usados indevidamente, não se sabe se pela vereadora e/ou por seu namorado-policial.

Na Câmara Municipal também há desconforto pelas constantes “presepadas” de Carol Dedonatti, as quais estão expondo negativamente o Legislativo local. “Não dá para esquecer aquele voto da vereadora sem saber no que votava. Ela virou chacota e não aprendeu a lição. Isso é muito ruim para todos os vereadores, porque a população pode começar a nos nivelar por ela (Carol Dedonatti)”, disse ao IGUASSU News um dos vereadores da “Casa de Leis” dos iguaçuenses que, por motivos óbvios, pediu para não ser identificado.

Vídeos – Existem 2 vídeos circulando pelas Redes Sociais. Em um deles é mostrado o animal levado da casa da família da Vila A, gravação no qual o Pet, conforme mostrado nas imagens, está sob acomodações e com alimentação e água.

O outro vídeo,  segundo o que circula, de autoria anônima,  não tem data de quando teria sido realizado e nem onde foi a gravação, não podendo ser definido se foi feito na casa da família que abrigava e a que pertenceria o pequeno e doente animal ou em que local.

Seja o que for, nada justifica o estado em que se deixou o Pet ficar, e nem essa nossa postura de “otoridade” que a vereadora Carol Dedonatti resolveu “incorporar”.

CONTRADITÓRIO: Desde já,  como é de praxe, está franqueado o espaço no IGUASSU News para qualquer dos citados na matéria se pronunciar.

(Da Redação)

leave a reply