Lista inclui 3 futuros ministros e 22 integrantes serão remunerados
O Diário Oficial da União trouxe nesta 2ª feira (5.nov.2018) 27 nomes que farão parte da equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Destes, 22 serão remunerados e 5 são voluntários.
A seleção de nomes foi passada à Casa Civil por Onyx Lorenzoni, coordenador do time e futuro ministro de Jair Bolsonaro. O Diário Oficial trouxe a nomeação de Onyx na edição da manhã.
A lista inclui o ministros anunciados Paulo Guedes (Economia), general Augusto Heleno (Defesa) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), além de especialistas de diferentes áreas, como Marcos Cintra (tributação), um dos maiores defensores do imposto único.
Também foram selecionados Arthur e Abraham Weintraub (Previdência) e o ex-diretor da Vale e do Banco Central Roberto Castello Branco. Este último é cotado para assumir a presidência da Petrobras.
Nesta 2ª, Onyx reuniu-se com seu correspondente no governo de Michel Temer, Eliseu Padilha.
Não foram passados novos nomes. Bolsonaro tem o direito de nomear até 50 pessoas para formar a equipe.
Saiba quem são os 22 nomes remunerados divulgados nesta 2ª:
Nomeados à equipe de transição do governo Bolsonaro
Diário Oficial da União – versão extra – 5.nov.2018
Nome | Principal atuação |
---|---|
Paulo Guedes | Um dos fundadores do BTG Pactual e da BR Investimentos |
Marcos Pontes | Tenente-cononel na reserva da Força Aérea Brasileira. Atuou como astronauta na Nasa |
Augusto Heleno | General da reserva do Exército. Foi comandante militar da Amazônia e chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia |
Gustavo Bebianno | Advogado e presidente interino do PSL |
Luciano Castro | Professor na área de economia da Universidade de Iowa, EUA |
Paulo Uebel | Ex-presidente do Instituto de Estudos Empresariais de Porto Alegre |
Arthur Weintraub | Professor de Direito Previdenciário e de Direito Atuarial da Unifesp |
Julian Lemos | Vice-presidente nacional do PSL e deputado eleito pelo partido pela Paraíba |
Eduardo Chaves Vieira | Militar do Exército |
Roberto Castello Branco | Diretor da FGV |
Luiz Vilela | Representante do Comando-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal |
Carlos Von Doellinger | Ex-secretário do Tesouro Nacional e ex-presidente do Banco do Estado do Rio |
Bruno Eustáquio de Carvalho | Diretor de Programa da Secretaria de Articulação para Investimentos e Parcerias do PPI |
Sérgio Queiroz | Procurador da Fazenda Nacional |
Antônio Flávio Testa | Assessor técnico do Senado e pesquisador da Universidade de Brasília |
Carlos Alexandre da Costa | Ex-diretor do BNDES, faz a interlocução com entidades do setor produtivo como Abimaq e Abdib |
Marcos Aurélio Carvalho | Sócio-fundador da AM4 |
Paulo Roberto | Tenente-coronel dos Bombeiros |
Waldemar Gonçalves Ortunho Junior | Coronel reformado |
Abraham Weintraub | Ex-economista-chefe e ex-diretor do Banco Votorantim |
Jonathas Assunção | Economista do Ministério do Planejamento |
Ismael Nobre | Coronel reformado |
Há também 5 nomes que, por ocupar outro tipo de cargo público, foram designados voluntários da equipe de transição:
Voluntários nomeados à equipe de transição do governo Bolsonaro
Diário Oficial da União – versão extra – 5.nov.2018
Nome | Principal atuação |
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Marcos Cintra | Professor da FGV-SP e atual presidente da Finep, trabalha na proposta de simplificar o sistema tributário. Foi deputado federal de 1999 a 2003 |
Alexandre Iwata | Funcionário de carreira do Ipea |
Adolfo Sachsida | Atua no Ipea como diretor-adjunto de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais |
Pablo Antônio Tatim | Secretário-executivo da Presidência da República |
Waldery Rodrigues Junior | Coordenador-geral da Secretária de Políticas Economicas do Ministério da Fazenda. |
Transição do Governo
Prevista na lei 10.609, de 2002, a transição de governo serve para o presidente eleito se inteirar sobre o governo atual e programar ações futuras.
Bolsonaro poderá nomear uma equipe de até 50 pessoas para auxiliá-lo. Todos os nomeados serão automaticamente exonerados em até 10 dias após a posse de Bolsonaro.
Todos os nomeados terão a seu dispor 1 celular com acesso ao sistema que servirá como base para o governo eleito.
A plataforma, chamada “Governa”, já é utilizada para troca de informações entre ministérios. A equipe de transição terá acesso irrestrito. Nele, há dados sobre o governo de Michel Temer e o que se planeja para 2019 com base no Orçamento do ano que vem. O sistema continuará a ser atualizado diariamente.
Catorze integrantes da equipe terão ainda permissão para buscar informações junto aos ministérios, com reuniões com integrantes da gestão Temer.
Nesses casos, as reuniões terão de ser agendadas e deverão constar uma ata do que foi discutido.
A equipe de transição terá acesso a uma estrutura física para a realização de reuniões, recepção de aliados e entrevistas à imprensa. O espaço foi cedido pelo Centro Cultural Banco do Brasil, localizado no Setor de Clubes Norte, próximo ao Palácio do Planalto.
Serão disponibilizados 22 gabinetes, sendo 1 para o presidente da República e 1 para 1 para o vice, general Hamilton Mourão. O local conta com computadores.
(Com Poder360)