Diversos animais, entre eles onças-pintadas, urubus, gavião, cachorro do mato e moscas, foram encontrados mortos de uma só vez, no Pantanal sul-mato-grossense, no último fim de semana, chamando atenção de autoridades e entidades ambientais. Investigação apura se as mortes foram provocadas devido ao uso indevido de veneno agrícola ilegal.
As carcaças, segundo o site O Pantaneiro, foram encontradas na região do Passo do Lontra, na cidade de Corumbá, distante 419 quilômetros da Capital.
Das duas onças encontradas sem vida, estava felino adulto, de aproximadamente 140 quilos, que vinha sendo monitorado por especialistas. Sandro, como era chamado, utilizava colar de radiotelemetria e era monitorado por GPS.
Entre animais encontrados mortos, carcaça de cachorro do mato (Foto: Pedro Nacib/Reprocon)
As suspeitas de uso indevido de veneno agrícola, conforme o site, é reforçada pelo fato de nenhum dos 18 animais terem sido encontrados com marcas de tiro, briga ou qualquer outra forma violenta.
De acordo com o pesquisador e médico veterinário Pedro Nacib, de 36 anos, o colar usado pelo felino já indicava a morte do animal, no início de maio. Mas equipes do Instituto Reprocon (Reprodução Para Conservação) só puderam se deslocar ao local, no último dia 12.
Notificados, os órgãos responsáveis pela fiscalização, solicitaram que equipes retornassem ao local, nesta quinta-feira (17), onde representantes do instituto e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), periciaram as carcaças encontradas.
“Caso seja comprovada essa hipótese, sem dúvida se trata de algo criminoso e cruel. Esse tipo de veneno pode deixar resíduos tanto na carcaça quanto no solo por pelo menos 6 meses, o que fica caracterizado pela maneira com que os animais morreram e foram encontrados. Quem fez isso sabia o que ocorreria com quem tivesse contato”, afirmou Pedro, ao site.
Materiais biológicos foram recolhidos por agentes e a propriedade rural onde os animais foram encontrados foi notificada, podendo responder legalmente.
gavião também foi encontrado por representantes ambientais