Tecnologia da Informação: FOZAVANÇA PARA SE TORNAR “HUB DE INOVAÇÃO”

Empresas que atuam na linha de ponto do agronegócio, iluminação pública e no desenvolvimento de hardwares já demonstraram interesse em se instalar na cidade.

A criação de um ambiente favorável em Foz do Iguaçu, com desburocratização e incentivos fiscais, está atraindo a atenção de empresas de alta tecnologia ligadas a diversos segmentos. São pelo menos quatro grupos que atuam na linha de ponta do agronegócio, iluminação pública e no desenvolvimento de hardwares – produtos na área da informação.

O secretário municipal de Turismo e Projetos Estratégicos, Paulo Angeli, está nesta segunda-feira (21) em Curitiba, tratando da atração de uma empresa de tecnologia da informação, que demonstrou interesse nos benefícios oferecidos por Foz. A intenção é aumentar a oferta de trabalho para mão de obra qualificada e gerar renda.

ATRATIVOS

“Uma destas empresas interessadas, ligada ao agronegócio, terá que trazer mais três empresas para viabilizar sua atuação”, adiantou o secretário. A lista inclui ainda outras duas empresas montadoras de veículos elétricos.

Paulo Angeli adianta três pontos a favor de Foz do Iguaçu nessa corrida pela atração de novas empresas: mercado, academia forte e o ambiente favorável, criado pelo poder público. “Neste último item, o prefeito já se manifestou desburocratizando processos e oferecendo vantagens fiscais”, ressaltou.

Sobre a questão acadêmica, o secretário lembra que em Foz do Iguaçu tem o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), oito universidades, incluindo duas públicas, para fornecer mão de obra qualificada. “A cidade tem condições de capacitar os trabalhadores. No entanto, ainda não temos empregos, por isso estamos trazendo estas empresas e chamando as universidades para virem juntos”.

CENTRO LOGÍSTICO

Em relação ao mercado, Angeli frisou a negociação dos produtos pelas empresas. “Foz tem o maior centro de logística terrestre da América Latina. Por aqui passam 190 mil caminhões ano por ano e agora, com a segunda ponte com o Paraguai, a expectativa é que no mínimo dobre o volume”.

Somando-se a isto tudo, de acordo com o secretário, tem o projeto do ramal ferroviário, que vai integrar a cidade a malha da Ferroeste, em Cascavel. “Estamos recebendo vários chamados de empresas que têm interesse em se instalar e se posicionar em Foz do Iguaçu”, afirmou.

Paulo Angeli ressaltou que a ação está partindo do princípio que Foz do Iguaçu está selecionando as empresas que têm este interesse para que venham. “Tem que ter a aderência ao turismo, meio ambiente, participar da pesquisa, educação, inovação, saúde, turismo e gerar emprego de qualidade”.

LABORATÓRIO DIGITAL

“Nós não estamos abertos a empresas que não tenham produtos ou serviços que não tenham responsabilidade socioambiental”, adiantou. Dentro deste contexto, ele destacou o programa Vila A Inteligente, que teve origem quando o prefeito criou, através de decretos, uma área onde é liberado experimentar produtos tecnológicos, a chamada “sandbox”.

“Os produtos ali aprovados serão validados pelo município e essa validação terá um peso muito grande para empresas quando forem colocar seus produtos no mercado. É isto que está acontecendo ali”, disse Angeli, sobre o bairro inteligente, cujo projeto foi desenvolvido por uma parceria entre Parque Tecnológico Itaipu, Itaipu Binacional, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e prefeitura.

A iniciativa é inovadora, “a primeira do Brasil”, diz Paulo Angeli. “Londrina nos copiou há 30 dias. As pessoas que estão lá, participam de um projeto que vai melhorar a vida de todos no Brasil. Os moradores são considerados avalizadores de novas tecnologias, por isso é importante que eles comuniquem o que funciona e o que não funciona”.

EXPANSÃO

O prefeito, segundo o secretário, já demonstrou interesse em expandir o projeto para outras áreas da cidade. “Foz do Iguaçu tem que ser conhecida pela sua alta tecnologia, por isto que o prefeito designou a Secretaria de Turismo para trabalhar com a inovação, porque é aquela que olha para fora”.

As outras secretarias, dentro de suas atribuições, trabalham para dentro do município, ressaltou Paulo Angeli. “O turismo busca emprego, renda e novas oportunidades e atrativos. Buscamos turistas lá fora para trazer coisas boas. Outras grandes cidades também estão inovando e atrelando o desenvolvimento ao turismo”.

(Da Redação com AMN)

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