O certame em andamento prevê 2.400 vagas, distribuídas em 2 mil para soldados policiais militares e 400 para soldados bombeiros militares. Segundo o parlamentar, a quantidade é insuficiente para repor as baixas no efetivo da corporação.
“Além da defasagem percebida anteriormente à data de abertura do certame, existe necessidade de contratação de maior número de policiais dado que muitos membros da ativa se aposentaram ou, infelizmente, perderam suas vidas, desde a deflagração da pandemia do novo coronavírus”, justificou o Soldado Fruet. Ele destacou que o número de vagas para o concurso está desatualizado, visto que a quantidade de policiais que foram para a reserva nos últimos dois anos, posteriormente à publicação do edital, cumulada com a defasagem preexistente, é muito superior às 2.400 vagas apresentadas.
Em outubro de 2020, conforme manifestação do tenente-coronel QOPM Alex Erno Breunig no e-protocolo nº 16.907.378-3, havia defasagem de 5.937 cabos e soldados em relação ao efetivo previsto de policiais militares e de 1.837 no quadro de bombeiros militares. “Nota-se, portanto, que na atual conjuntura as novas inclusões reduziriam a diferença, entre o número previsto e o existente de cabos e soldados, para 3.937 PMs e 1.437 BMs, respectivamente”, indicou, ressaltando que “a defasagem total entre as praças, considerando os graduados (subtenentes e sargentos), nos quadros combatentes, ora atingem os claros de 7.478 praças da Polícia Militar e 2.345 praças do Corpo de Bombeiros”.
Apesar de considerar muito meritória a realização do concurso, o Soldado Fruet destacou que “é inegável que a contratação de 2.400 policiais não irá resolver ou recompor o quadro de militares da PMPR”. Ele ressaltou ainda que, após as fases eliminatórias e classificatórias do concurso, os aprovados ainda terão que realizar o Curso de Formação de Praças na Academia do Guatupê e somente estarão aptos ao serviço após essa qualificação. Se não houver nenhum novo percalço, a previsão é que o processo acabe no segundo semestre de 2022. “Até lá, a falta de efetivo e os problemas dela decorrentes só irão aumentar”, apontou.
Para que o esforço governamental na recomposição da tropa seja profícuo, o deputado do PROS reivindicou, desde já, o aumento do número de vagas do concurso para soldados policiais e bombeiros militares, “evitando que, num futuro próximo, seja necessário realizar novo concurso, com consequente dispêndio de valores pelo Poder Público e particulares interessados”.