Estratégia: EUROPA PRECISA SAIR DO ‘CAMPO TEÓRICO’ E SER MAIS FORTE MILITARMENTE, DIZ CONSELHEIRO DOS EUA

Conselheiro norte-americano pede que Europa aponte para "soluções pragmáticas" e invista mais no seu poderio militar e estratégico se quiser enfrentar com sucesso novas ameaças.

Em uma entevista ao Politico, o conselheiro do Departamento de Estado dos EUA, Derek Chollet, disse que o governo Biden apoia “absolutamente” os aliados europeus no desenvolvimento de suas próprias capacidades militares mais fortes, entretanto, é hora de os líderes da União Europeia (UE) irem além da teoria e da retórica, salientou.

“É importante sair do reino teórico, do reino dos think tank da autonomia estratégica […] e falar de soluções pragmáticas, práticas. […] Queremos uma Europa mais forte”, afirmou.

Chollet advertiu, que caso o contrário, a lacuna entre o que os militares dos EUA podem fazer e o que os militares da Europa não podem fazer só aumentará, especialmente quando se trata de enfrentar novas ameaças da China.

Durante uma apresentação dos EUA em Bruxelas, o conselheiro também verbalizou sobre a preocupação norte-americana de que aliados europeus deixem de assumir mais responsabilidades e possam pagar por isso no futuro.

“Assisti a muitos ministros da defesa quando trabalhava no Pentágono e estava aqui em Bruxelas, onde todos os ministros da Defesa ao redor da mesa estariam em acordo violento sobre a necessidade de gastar mais em Defesa e ter um Exército mais moderno e capaz.”

No entanto, o Chollet destaca que quando esses mesmos ministros “voltavam para casa” e tinham que “defender seus orçamentos” não encontravam apoio, acrescentando que “essa é uma dinâmica que ainda acontece aqui”.

Porém, caso os aliados europeus finalmente estivessem prontos para levar a sério, Washington ficaria mais do que feliz em fornecer orientação sobre os tipos de capacidades a serem construídas. “Nós, os Estados Unidos, estamos dispostos a fornecê-los”, afirmou.

“É do interesse da América que a Europa seja mais capaz militarmente. É por isso que as administrações dos EUA, presidentes de ambos os partidos, secretários de Defesa desde os últimos seis ou sete anos, todos falaram sobre o PIB de 2% como uma espécie de bom padrão de manutenção para gastos militares”, disse Chollet, referindo-se a uma meta de gastos feito pelos aliados da OTAN.
EUA e França, um dos principais países-membros da OTAN, se encontram com as relações abaladas após a Austrália desistir de uma parceria bilionária com a França para atender ao chamado dos EUA na aliança AUKUS, ato que o presidente francês, Emmanuel Macron, considerou uma traição.
(Da Redação com Sputnik)

leave a reply