Na sexta-feira 19, os ministros do STF Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski entenderam que o petista pode reaver o patrimônio. O julgamento iniciou-se em agosto com o voto de Edson Fachin, contra o desbloqueio.
Contudo, Lewandowski pediu mais tempo para analisar o processo, que voltou ontem ao plenário virtual da Corte. O caso está em pauta porque a defesa de Lula recorreu ao STF contra a decisão do substituto de Moro, Luiz Bonat.
Segundo Bonat, Lula não poderia ter acesso ao patrimônio, visto que havia sido condenado nos casos envolvendo o tríplex do Guarujá. No entanto, os advogados do petista argumentaram que Bonat era incompetente para julgar.
Ao acionar o STF, a defesa de Lula lembrou que Fachin decidira anular as condenações de Lula na Lava Jato, transferindo a competência para o Distrito Federal. Portanto, o caso emergiu para que o STF decida. Será necessário ainda o voto do ministro Nunes Marques.
Se Nunes Marques empatar, a decisão pode ficar nas mãos do novo ministro do STF, provavelmente o ex-advogado-geral da União André Mendonça. No entanto, Davi Alcolumbre, presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania do Senado, ainda não marcou a sabatina de Mendonça.