Segundo o levantamento, os sites de e-commerce ganham espaço como fonte de busca para o início da jornada de compra, superando inclusive as redes sociais. Isso porque 13,4% dos consumidores latino-americanos preferem usar o próprio site para iniciar a procura por produtos.
Ainda de acordo com a pesquisa, intitulada “Comportamento de pesquisa sobre produtos de consumo na América Latina 2023”, as pessoas estão também mais suscetíveis a anúncios durante a navegação.
Previsões para 2024
O levantamento aponta que, em 2024, mais da metade dos consumidores latino-americanos com mais de 14 anos faça uma compra online. Esse número é um terço a mais do que o número de consumidores em 2019, referencial pré-pandemia.
Assim como o resto do mundo, a América Latina sofreu impacto significativo da rápida aceleração digital vivenciada de 2020 para cá, o que afetou severamente os comportamentos de consumo.
De acordo com Matteo Ceurvels, principal analista de consumo da eMarketer na América Latina, “não há muita diferença em termos de como os consumidores latino-americanos pesquisam os produtos em comparação com outros ao redor do mundo. Mudanças de comportamento semelhantes foram observadas em outros países como os EUA, o Reino Unido e a França, onde os mecanismos de pesquisa tradicionais tornaram-se cada vez menos importantes para a pesquisa de produtos. Na verdade, poderíamos dizer que os consumidores latino-americanos estão tentando acompanhar o que está acontecendo em outras partes do mundo”.
Para ele, no entanto, é notável a influência que os padrões de consumo asiáticos estão desempenhando nos consumidores da América Latina: “esta mudança de paradigma deu à China uma posição mais forte para influenciar os comportamentos digitais das pessoas a seu favor, especialmente quando se trata de tendências como o comércio social ou o comércio ao vivo”.
Redes sociais
De acordo com a eMarketer/Insider Intelligence, essa tendência deve se acentuar nos próximos anos por causa da familiaridade dos consumidores com o ambiente digital e a busca por ofertas, promoções e outros diferenciais nos e-commerces e marketplaces de sua preferência.
As redes sociais, por sua vez, desempenham um papel significativo nas buscas, mesmo não sendo as mais populares. No entanto, apresentam o maior crescimento percentual (4,3) com relação ao uso para essa finalidade.
Ao mesmo tempo, existe o diferencial do apelo que o vídeo exerce sobre os consumidores. A pesquisa aponta que esse formato de mídia tem uma aceitação muito relevante para o consumidor da América Latina e se tornou uma ferramenta de destaque na conversão.
Os dados da pesquisa mostram que 4 em cada 10 consumidores querem ler sobre os produtos que desejam comprar. Na sequência 3 em cada 10 querem assistir a vídeo.
“Os vídeos curtos possibilitam dar aos consumidores o que desejam—conteúdo mais rápido e conciso, como Instagram Reels, vídeos em TikTok e YouTube Shorts. Espere que os profissionais de marketing e varejistas incorporem esse tipo de conteúdo em suas estratégias de comércio social para aumentar o engajamento, impulsionar as vendas e promover conexões mais autênticas com seus públicos-alvo”, finaliza Ceurvels.