Desenvolvimento: USINAS DE ETANOL DE CEREAIS REGISTRAM CRESCIMENTO NO BRASIL

Nova unidade da Neomille recebeu R$ 1,080 bilhão em investimentos da Cerradinho Bio, durante 18 meses de construção.

As usinas de etanol de cereais, também conhecidas como usinas de etanol de segunda geração, produzem etanol a partir de matérias-primas como cereais, palha, bagaço e outros resíduos vegetais. Esse tipo de usina é mais avançado do que as usinas de etanol de primeira geração, que utilizam principalmente grãos como milho e cana-de-açúcar.

O Brasil alcançou, recentemente, a marca de 22 usinas produtoras de etanol de cereais, conforme levantamento da União Nacional de Etanol de Milho (Unem) divulgado na quarta-feira, 3 de janeiro. As informações são de Nayara Figueiredo, do Globo Rural. O número foi atingido nesta semana com o início das operações de uma unidade da Neomille, em Maracaju (MS), controlada pela Cerradinho Bioenergia.

Atualmente, o etanol de milho e cereais já representa mais de 20% da produção nacional do biocombustível. Do total de usinas, dez são dedicadas exclusivamente à fabricação de etanol.

Saiba como as usinas de etanol de cereais geralmente funcionam:

  1. Matéria-prima: A usina utiliza diferentes tipos de cereais, como trigo, cevada, milho, entre outros, ou resíduos agrícolas, como palha e bagaço.
  2. Pré-tratamento: A matéria-prima passa por um processo de pré-tratamento para quebrar as estruturas celulares e facilitar a liberação dos açúcares presentes.
  3. Hidrólise: Os açúcares complexos presentes na matéria-prima são convertidos em açúcares simples (principalmente glicose) através de processos de hidrólise enzimática ou ácida.
  4. Fermentação: Os açúcares simples são fermentados por leveduras para produzir etanol. Este é o mesmo processo utilizado em usinas de etanol de primeira geração.
  5. Destilação: O líquido resultante da fermentação, que contém uma mistura de etanol e água, é destilado para separar o etanol puro.
  6. Desidratação: O etanol obtido na destilação é desidratado para remover qualquer vestígio de água, resultando em etanol anidro.
  7. Condicionamento e purificação: O etanol anidro é então condicionado e purificado para atender aos padrões de qualidade e especificações do mercado.
  8. Resíduos e subprodutos: Os resíduos da matéria-prima, como a lignina, podem ser utilizados para a geração de energia ou outros produtos, tornando o processo mais sustentável.

É importante observar que o processo exato pode variar dependendo da tecnologia específica utilizada pela usina.

O desenvolvimento de tecnologias de segunda geração é crucial para aproveitar uma variedade mais ampla de matérias-primas, reduzir a competição por alimentos e melhorar a eficiência do processo de produção de etanol.

Essas usinas desempenham um papel importante na transição para fontes de energia mais sustentáveis e na diversificação das fontes de matéria-prima para a produção de biocombustíveis.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Da Redação com Notícia Sustentável – Foto: Divulgação/CerradinhoBio)

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