O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, enfrenta novas acusações de assédio sexual, agora formalizadas na Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP). As denúncias surgem após sua demissão em setembro, que já havia sido motivada por relatos de assédio, incluindo uma queixa da ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco. As informações sobre as novas acusações foram inicialmente divulgadas pela Folha de S.Paulo e posteriormente confirmadas pelo Estadão. O processo será analisado pelas conselheiras Caroline Proner e Vera Karam de Chueiri, que decidirão sobre a aplicação de uma possível censura ética. Essa penalidade, se aplicada, ficará registrada em consultas funcionais por um período de três anos, considerando que Almeida não ocupa mais um cargo na administração pública federal.
Além das novas denúncias, Almeida já está sob investigação na CEP, que foi instaurada após sua saída do cargo. Anielle Franco, em depoimento à Polícia Federal, relatou ter sido vítima de importunação sexual, mencionando que as interações de Almeida incluíam toques inadequados. Em resposta, Silvio Almeida refuta as acusações e se declara alvo de uma campanha de perseguição. Nomeado ministro em dezembro de 2022, Almeida era reconhecido por sua trajetória acadêmica e por sua atuação em prol dos direitos humanos e contra o racismo.