“Defendo que todo e qualquer ato grave que cause lesão à população e ao próprio Estado seja objeto de investigação aprofundada.”, afirma o deputado Soldado Fruet.
O deputado estadual Soldado Fruet do PROS (foto ao lado) lavrou requerimento convidando o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, e o professor Altair Pivovar, ex-coordenador do Núcleo de Concursos (NC) da UFPR, a comparecerem na Assembleia Legislativa (ALEP) para prestar esclarecimentos sobre a suspensão do concurso público da Polícia Civil para contratação de 50 delegados, 300 investigadores e 50 papiloscopistas.
O NC suspendeu o certame na madrugada do último domingo (21), a poucas horas do horário marcado para as provas, prejudicando os 106 mil candidatos inscritos – muitos deles vindo de outros estados.
“Nos momentos que seguiram, várias foram as informações desencontradas acerca do real motivo que ensejou a suspensão, inclusive sendo mencionada possível sabotagem ao concurso”, ressaltou o Soldado Fruet. “É necessário que a Assembleia Legislativa investigue minuciosamente as reais causas do adiamento, pois não é justo que os inscritos e toda a população que mantém o Estado arquem com o prejuízo”, destacou. Para que o Parlamento possa buscar informações fidedignas sobre o ocorrido, o deputado sugeriu o convite aos representantes da UFPR.
Segundo o Soldado Fruet, “o objetivo deste convite é para que a população, através dos seus deputados, tenha respostas mais rápidas”. Ele salientou que “se há irregularidades, é claro que teremos que abrir uma CPI, mas o próprio Governo do Estado sabe que este é um processo mais demorado, por isso propus que o reitor e o ex-coordenador sejam ouvidos na Casa de Leis para nos explicar o que realmente aconteceu”. Para o deputado, a vinda de ambos trará mais subsídios para a decisão de abrir ou não a CPI. “Após os esclarecimentos deles, se os deputados entenderem que há necessidade de uma CPI, eu assino embaixo”, enfatizou.
CPI
“Defendo que todo e qualquer ato grave que cause lesão à população e ao próprio Estado seja objeto de investigação aprofundada e os responsáveis pelas irregularidades sejam responsabilizados com o devido rigor da lei”, afirmou o Soldado Fruet. “Se a Assembleia optar por criar esta CPI, espero que ofereça o mesmo resultado que obtivemos na CPI da JMK, que propus e presidi para apurar irregularidades na gestão da manutenção da frota do Estado”, disse, lembrando que “a CPI da JMK foi a única com início, meio e fim na atual legislatura e não acabou em pizza”. O relatório final aprovado em plenário por unanimidade pediu 19 indiciamentos e foi encaminhado aos órgãos competentes visando à restituição do montante desviado dos cofres públicos.
Na tarde de domingo (21), o Soldado Fruet protocolou um requerimento cobrando explicações do delegado geral sobre o cancelamento unilateral das provas e questionando como serão indenizados os inscritos. “Gostaria de ouvir primeiro o reitor e o ex-coordenador e, na sequência, se chegarmos à conclusão de que a CPI é necessária, apoiarei sua instalação para que busque as providências cabíveis visando o ressarcimento dos prejuízos causados aos 106 mil candidatos e ao Estado, bem como a proibição de contratação do NC da UFPR com a administração pública”, falou.