Enquanto os opositores de Bolsonaro, assustados com a sua retórica inflamada, apostavam que ele planejava dar uma quartelada no melhor estilo das republiquetas sul-americanas, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal sorrateiramente tomaram o poder.
O presidente da República tornou-se uma figura meramente decorativa. Quase não apita mais nada. Está sob a permanente tutela do legislativo e do judiciário.
Ao mesmo tempo em que deputados e senadores submetem o governo à sua vontade e legislam em causa própria para alcançar vantagens pessoais e se proteger de punições por desvios de conduta, o STF desautoriza atos do executivo, anula condenações de corruptos e criminaliza as ações de juízes e promotores que ousam tentar combater as quadrilhas organizadas que assaltam os cofres públicos.
O Brasil transformou-se em uma ditadura comandada, de fato, pelo parlamento e pela suprema corte.
Simples assim.