Coluna Caio Gottlieb: O OCASO DO CAUDILHO DAS ARAUCÁRIAS

Eis que o “velho MDB de guerra”, como ele gosta de se referir ao partido que comandou com mão de ferro por décadas, disse um sonoro não a Roberto Requião.

Foi um verdadeiro massacre: pelo placar de 203 votos a 77, a chapa encabeçada pelo deputado estadual Antônio Anibelli Neto trucidou o grupo do ex-governador na disputa pela direção da sigla no Paraná.

Depois da humilhante derrota que a população paranaense lhe impôs na busca da reeleição para o Senado em 2018, ele foi agora rejeitado de forma acachapante por seus próprios correligionários, cansados de sua liderança opressiva, personalista, prepotente e ditatorial.

Tão logo foi confirmado o resultado do embate, Requião anunciou que ainda nesta segunda-feira (2) irá formalizar sua saída da agremiação, como já vinha ameaçando nos últimos dias se perdesse a eleição. A turma vencedora, aliás, reza para que ele não mude de ideia.

Disposto a concorrer outra vez ao governo do Estado em 2022, especula-se que Requião pode estar a caminho de filiar-se ao PT, com quem mantém uma antiga e sólida aliança, embora as opções do PDT e do PSB também estejam sendo consideradas.

Em todo caso, muita gente acha que, aos 80 anos e esbanjando saúde, ele deveria mesmo é estar pensando em pendurar as chuteiras, curtir os netos e aproveitar a vida.

É bananeira que, ao menos na política, já deu cacho.

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